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19/08/2024 às 9:53 - há XX semanas | Autor: Beatriz Amorim

ESPORTES

Baiana é bicampeã do mundo em competição de capoeira em Salvador

Bibinha participou da disputa internacional que aconteceu no Pelourinho

Nesta edição, a novidade ficou por conta da Mestre Nani entre o corpo de jurados
Nesta edição, a novidade ficou por conta da Mestre Nani entre o corpo de jurados -

Em um evento recheado de baianidade, a 3ª edição do 'Red Bull Paranauê' ocorreu na tarde deste domingo, 19, premiando os melhores capoeiristas do mundo. Enquanto Joseph Augusto, o Gugu, sagrou-se bicampeão da categoria masculina, Jubenice Bibinha, garantiu o seu segundo título entre as mulheres.

A competição retornou à Salvador após um hiato de cinco anos, tendo em vista que ocorreu pela última vez em 2018. Desta vez, o palco foi a Praça da Cruz Caída, no Pelourinho, que ficou marcada por um grande público abraçando e valorizando a modalidade.

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Nesta edição, a novidade ficou por conta da Mestre Nani entre o corpo de jurados, se tornando a primeira mulher neste papel. Em entrevista ao Portal A TARDE, a pioneira apontou a importância do esporte na vida dos jovens e exaltou a capoeira, relembrando um pouco da trajetória.

“Um projeto como esse traz também uma esperança desses jovens, de dizer assim, 'poxa, eu também posso ser, estar e trabalhar sendo um profissional' sem perder os princípios porque a capoeira traz os valores da origem. Ela é luta, ela é dança, ela é uma luta de resistência e é uma luta social, a gente luta para estar nos espaços, a gente luta para permanecer”, disse a Mestre.

Ao seu lado, a competição também contou com a avaliação dos mestres Mourão e Neneu, que contaram sobre a importância do evento e exaltaram a modalidade, também ressaltando algumas dificuldades ainda vividas.

“É muito importante, sobretudo, dar importância às culturas e matrizes africanas no Brasil, que até hoje não tem a devida importância. Então, a capoeira é muito importante. Uma empresa privada que tem essa atitude, uma visibilidade gigantesca e que abraça a capoeira, respeitando os seus fundamentos, a sua cultura sobretudo, é lindo de se ver”, declarou Mourão.

“Todas as edições eu tenho participado, principalmente por causa do respeito, do apoio que a gente encontra através de um grande evento desse. Hoje é uma grande empresa que está apoiando a capoeira, e dessa vez essa edição é um lugar super importante. (…) Aqui é a terra de onde iniciou tudo e é o lugar que é menos valorizado a nossa arte da capoeira. Então eu acho que um evento desse nível dá uma futucada no nosso poder público e na nossa sociedade, com certeza”, avaliou Neneu.

Para conhecer os grandes vencedores, a competição passou por fases de preliminares, na sexta-feira, 17, que contou com 200 participante. Dos inscritos, 16 competidores subiram ao palco no domingo para a disputa das quartas de final, semis e a final. Nas batalhas, definidas em um contra um, os atletas sorteavam uma música, entre os estilos de Angola, Regional e Contemporânea, para realizarem duas batalhas, de um minuto e 40 segundos.

Assim, após encantar o público e voltar a vencer, se sagrando bicampeã, Bibinha, como é carinhosamente apelidada, conversou com a equipe de reportagem e comentou sobre a emoção. Em fala, a capoeirista, nascida e criada no Nordeste de Amaralina, exaltou a modalidade e também se colocou no lugar de mulher preta, sendo inspiração e mostrando que é possível acreditar em coisas grandes.

“Isso é a minha principal ferramenta de alcance a todas aquelas que estão próximas de mim, a toda minha família, a todas as minhas alunas, a todas as pessoas da minha comunidade, das minhas vizinhas. Eu quero fazê-las acreditarem que é possível, por meio da minha capoeira, por meio da nossa arte, da nossa cultura, a gente pode sim transcender barreiras, alcançar lugares muito além daquilo que o sistema fala que a gente pode chegar”, declarou Bibinha.

Além dela, Gugu também levantou o troféu e comentou sobre a emoção. O paulista revelou sobre o sentimento de expectativa em volta do crescimento da modalidade após um evento desta magnitude.

Eu sou nascido em São Paulo, mas digo que sou um preto africano aqui no Brasil. Salvador é um pedaço da África no Brasil. Hoje eu moro fora do Brasil e infelizmente a Capoeira é mais aceita lá fora do do que dentro do Brasil. Eu espero que com o evento dessa magnitude a gente possa mudar aos poucos esses conceitos também e auxiliar no crescimento desta cultura” disse o campeão.

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