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CBF anuncia calendário do futebol feminino 2026 com grandes mudanças
Entidade amplia número de clubes, datas, cotas e cria medida inédita de apoio às atletas mães no novo calendário nacional

Por Redação

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou, nesta segunda-feira, 24, uma profunda reformulação no calendário do futebol feminino, válida a partir da temporada de 2026. A iniciativa, apresentada ainda no início da gestão do presidente Samir Xaud, envolve mudanças estruturais em todas as competições nacionais, aumento significativo de jogos e datas, reajustes de cotas, investimentos na base e uma medida inédita de apoio a atletas mães e lactantes.
Investimento histórico e ampliação das competições
A reformulação representa um investimento total de R$ 685 milhões, acompanhada de um crescimento de 41% no número de datas, 84% no volume de partidas e 69% no total de vagas no calendário nacional. A Série A1, principal competição do país, passa a contar com 18 clubes, calendário ampliado e 167 partidas.
A Série A2 adota grupo único e turno único na primeira fase, enquanto a Série A3 chega a 32 equipes, com todas as unidades federativas representadas. A Copa do Brasil Feminina também cresce: passa de 65 para 66 participantes, com aumento de jogos e confrontos de ida e volta a partir das quartas de final.
Protagonismo feminino como eixo central do projeto
Durante o evento de anúncio, o presidente Samir Xaud destacou que o redesenho do calendário foi desenvolvido de forma colaborativa e com foco em valorizar a modalidade.
“Assim como fizemos no futebol masculino, passamos os últimos meses analisando e estudando oportunidades de melhorar o calendário e o fomento do futebol feminino. Ouvimos especialistas, federações, clubes e jogadoras. E chegamos a um modelo que atende a demandas importantes, colocando o futebol feminino brasileiro onde merece estar", afirmou.
A gerente de competições femininas da CBF, Aline Pellegrino, reforçou o processo de construção do novo modelo.
“Começamos a desenhar o calendário em julho e em outubro estava bem encaminhado. De outubro até agora, final de novembro, algumas mudanças surgiram e tentamos internamente melhorar várias questões... que a gente quer que eles joguem mais”, afirmou, destacando que a prioridade foi garantir representatividade e equilíbrio competitivo.
Medida inédita: apoio às atletas mães
Entre os anúncios, a CBF implementará uma política pioneira no futebol mundial: atletas mães em fase de lactação poderão levar seus filhos a viagens oficiais, com todas as despesas custeadas pela entidade. Segundo a confederação, a ação visa garantir condições dignas e inclusivas para o desempenho esportivo de jogadoras com filhos pequenos.
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Base fortalecida e integração com seleções
A reestruturação também chega às categorias de base, com ajustes no Sub-20, Sub-17, Sub-16 e Sub-14. Os campeonatos passam por mudanças para evitar conflitos com datas das Seleções Brasileiras e garantir janelas de treino. O CBF Transforma ganhará expansão, financiando campeonatos estaduais Sub-15, Sub-17 e, agora, Sub-20.
Principais definições das competições
Supercopa Feminina
- – Abertura do calendário em 8 de fevereiro
- – Disputa entre campeãs da A1 e da Copa do Brasil
- – Premiação: R$ 1 milhão (campeãs) e R$ 600 mil (vice)
- Série A1
- – 18 clubes; início em 15 de fevereiro e final em 4 de outubro
- – 23 datas e 167 jogos
- – Cota fixa: R$ 720 mil por clube na 1ª fase
- – Campeã: R$ 2 milhões; vice: R$ 1 milhão
- – Rebaixamento: 2 equipes
- – Participação obrigatória na Copa do Brasil Feminina
Série A2
- – Início em 14 de março; final em 19 de setembro
- – 21 datas, 134 jogos
- – Cota: R$ 360 mil por clube
- – Formato com grupo único na 1ª fase
- – 4 acessos para A1 e 2 rebaixamentos para A3
Série A3
- – De 21 de março a 5 de setembro
- – 32 clubes e 126 partidas
- – Cota: R$ 120 mil
- – Turno e returno na 1ª fase
- – 4 acessos para A2
Copa do Brasil Feminina
- – 66 clubes, 72 partidas
- – Início em 22 de abril; final em 15 de novembro
- – Cotas dobradas
- – Jogos de ida e volta a partir das quartas
Construção conjunta às vésperas da Copa do Mundo 2027
A CBF ressaltou que o projeto foi construído com a participação de clubes, federações, atletas e especialistas, e é considerado estratégico por anteceder a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada no Brasil. Para a entidade, o novo calendário estabelece bases para a consolidação definitiva da modalidade no país.
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