CAMPEONATO BRASILEIRO FEMININO
Com vaga de última hora, Doce Mel terá desafio inédito no futebol
Clube enfrentará times tradicionais na Série A2
Por Pevê Araújo
Garantido de última hora no Campeonato Brasileiro Feminino Série A2, o Doce Mel terá o desafio de fazer uma boa campanha na segunda divisão da competição nacional. O time, que se planejava para disputar a A3, ficou com a vaga após desistência do Ceará. O clube baiano terminou 2023 na sexta colocação.
O técnico Emanuel Campos Silva, mais conhecido como Tinho, conversou com o Portal A TARDE nesta terça-feira, 2, e projetou a participação do Docel Mel na competição nacional. Ele revelou que o time precisou mudar o planejamento em cima da competição, montando um elenco mais qualificado que o previsto em apenas um mês.
"Entramos em contato com algumas atletas baianas, que estão em alguns times, conseguimos trazer alguns reforços do Astro e algumas atletas daqui de Jequié, que já estavam também no Doce Mel para montar o elenco. Sabemos que não somos os favoritos, mas a vida é feita de desafios. A gente já enfrentou outros desafios, então vamos nos dedicar para tentar fazer uma campanha honrosa, mesmo sabendo da dificuldade que é jogar uma série A2, a segunda divisão do Campeonato Brasileiro Feminino", disse Tinho.
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Com a experiência de participar de duas edições da Série A3 do Campeonato Brasileiro, o time feminino do Doce Mel terá o maior desafio da sua história. O técnico classifica a presença da equipe na segunda divisão nacional como motivo de satisfação e orgulho para a cidade.
"É algo histórico aqui para a nossa cidade, tendo um time de futebol feminino disputar a segunda divisão de uma competição nacional. A gente sabe que a gente já revelou muitos talentos e que essa participação além de possibilitar grandes coisas para a nossa cidade, pode revelar novos talentos para o futebol nacional e internacional. Para a gente, para as atletas, foi motivo de grande satisfação e algo que entra para a história", continuou.
No Grupo A da competição, o Doce Mel vai enfrentar na primeira fase Athletico-PR, Bahia, Juventude, Minas Brasília, Mixto, São José e Taubaté. Tinho reconhece que o Doce Mel não está entre os favoritos do grupo, mas planeja fazer uma boa competição, se permitindo sonhar com o acesso para a elite do futebol nacional feminino.
"Em relação ao grupo, a gente imaginava que cairia como era na Série A3, uma parte mais regional, com equipes do Nordeste, do Norte, mas caímos no grupo junto com o Bahia, com o grupo do Sudeste, Sul, Centro-Oeste, com equipes tradicionais, com equipes fortes, com boas estruturas, muito bem ranqueadas no futebol feminino. Então a gente sabe que os adversários levam favoritismo, mas vamos se dedicar, tentar, ou seja, estudar cada equipe e tentar dar o nosso melhor, mas sabendo que realmente é um grupo forte, considerado até o grupo da morte, tendo um objetivo de dar o melhor, ou seja, de tentar permanecer, mesmo sabendo das dificuldades, na Série A2, sonhando quem sabe com a Série A1", projetou.
A estreia do Doce Mel está prevista para acontecer no dia 13 de abril, diante do Taubaté, fora de casa. Tinho demonstrou conhecimento sobre o adversário e fez elogios ao time que foi campeão da Série A3 em 2022.
"Sobre o nosso adversário, a gente sabe quão forte é a equipe do Taubaté. Foram campeões da Série A3 em 2022 que a gente tinha participado também. Fizeram uma boa participação na Série A2, sempre indo bem no Campeonato Paulista, que é o campeonato estadual mais forte de futebol feminino do Brasil. Então a gente sabe da dificuldade que é jogar contra o Taubaté na casa do adversário, mas vamos tentar com muita dedicação, organização, ou seja, dificultar ao máximo a vida do Taubaté, que é uma grande equipe hoje do futebol feminino do Brasil".
Para se manter na Série A2 e sonhar com a A1, o Doce Mel vai apostar mais uma vez em atletas de Jequié. O treinador lembrou de jogadoras que ganharam notoriedade vestindo a camisa do Doce Mel e hoje atuam em equipes tradicionais do futebol brasileiro, como Soll, do Internacional, Claudinha, do Fluminense, Gabi Itacaré, que está no Botafogo, Sheilinha, do Atlético-MG e Tainá, que saiu de Jequié e hoje está no Fortaleza.
"A gente fica feliz em ter revelado talentos e com essa garantia da participação da série A2, poder ser mais uma vez uma porta de oportunidade, uma vitrine para atletas aqui da nossa região, aqui do interior da Bahia", finalizou.
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