É JUSTO?
Vitória cobra R$ 1.500 de vendedora de biquínis com escudo do clube
Clube fecha parceria com empresa Nofake e vai ao combate da pirataria
Por Santiago Oliveira | Portal MASSA!
Devido à repercussão da notificação extrajudicial enviada pelo Vitória a uma artesã que comercializa enfeites de aniversário com o símbolo do clube, no bairro de Pau da Lima, em Salvador, por meio da 'Nofake' (empresa de combate à pirataria online), outros casos que revoltaram a torcida do time baiano vieram à tona.
A empreendedora Fernanda Santana, de 22 anos, de Mata do São João, por exemplo, também foi notificada pelo Leão da Barra, pela comercialização de biquínis com o escudo rubro-negro.
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Fernanda tem uma loja online de moda praia desde 2019 e, dois anos depois, começou a confeccionar as próprias peças. Trabalhando sob encomenda, ela recebeu o pedido de um modelo com símbolos do Vitória e postou em suas redes sociais para tentar atrair mais pedidos. Foi assim que tudo começou.
"No dia 04/07 minha conta do Instagram foi suspensa. Quando eu fui verificar o motivo, fui informada que foi uma denúncia do Vitória, por ter feito o uso da imagem do clube, infringido uma diretriz: uso de imagem", destacou ao Portal MASSA!.
"Nisso que o Instagram suspende a conta, chega uma notificação extrajudicial na sua casa pedindo que seja feito um contato por telefone e tudo mais. No contato telefônico eles explicam tudo que tem na notificação, eles deixam claro que apenas a exclusão dos anúncios não resultam na retirada da denúncia, precisa assinar um termo, dizer quais os fornecedores (no meu caso onde comprei o tecido) e pagar uma multa de R$ 1.500,00", completou a empreendedora, detalhando as formas de pagamento da infração: "Pode ser dividida no boleto ou no cartão de crédito".
Revolta da torcida
Parte dos torcedores do Vitória não achou a ação do clube nem um pouco correta. Comentários em redes sociais dão a entender que o time está necessitando de dinheiro, devido à "quantia insignificante" da multa, comparada aos valores praticados no mundo do futebol.
"Cobrar de quem pagou 5 milhões em Janderson eles não querem", pontuou um torcedor. "O que era pra ser motivo de orgulho pro clube, foi motivo de processo? Tá mendigando dinheiro é!? Procurando mais motivos pra falador falar, parabéns pela atitude ridícula EC Vitória! Tá carente $$ vira SAF", disse outro perfil.
Tem até ídolo imbuído em ajudar a artesã Patrícia França. O atacante Marinho, do Fortaleza e com passagem brilhante pelo Leão da Barra, está querendo apoiar a empreendedora. "Solta o @ novo da moça que nós seguimos! E ainda compra as paradas dela", comentou o jogador, em uma das postagens relacionadas ao caso.
Parceria entre o Vitória e a Nofake
A parceria entre o clube baiano e a empresa é detalhada no site oficial da Nofake. "O Esporte Clube Vitória adota uma abordagem de licenciamento para garantir a qualidade e o controle de sua marca em produtos. Além disso, como parte de seu compromisso em combater a pirataria e assegurar a excelência de seus produtos, o Vitória disponibiliza todos os itens com a marca Vitória no mercado, cada um deles contendo um moderno selo holográfico. Isso representa nosso comprometimento com a autenticidade e a qualidade de seus produtos".
Para entender melhor a situação que está revoltando alguns torcedores do Rubro-Negro na internet, o Portal MASSA! entrou em contato com o Vitória e aguarda retorno por parte do clube. Vale ressaltar que pirataria é crime e está previsto no art. 184 do Código Penal, com pena de até quatro anos de prisão, além do pagamento de multa.
A informação da dívida foi noticiada, inicialmente, pelo BNews e confirma pela equipe do Portal Massa!.
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