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Ídolo do Baêa detona postura de atacantes:"Dizem que tão tranquilos"

Ueslei Pitbul relembrou sobre a época em que era 'brocador' no Esquadrão de Aço e citou comodismo do jogadores

Publicado sexta-feira, 29 de setembro de 2023 às 16:00 h | Autor: Bruno Dias | Portal Massa!
São apenas 28 gols marcados em 24 partidas disputadas
São apenas 28 gols marcados em 24 partidas disputadas -

Figurando a zona de rebaixamento da Série A do Brasileirão, onde ocupa a 17ª colocação com 25 pontos, o Bahia não vive um bom momento na temporada. Apesar dos erros defensivos, o ataque também vem deixando muito a desejar. Para ser mais preciso, são apenas 28 gols marcados em 24 partidas disputadas. Muito se deve aos atacantes do time, que pecam no momento das finalizações.

Com números baixos, nenhum dos atacantes do Bahia se destacou até o momento na Série A. Confira a lista:

Everaldo: 21 jogos, 3 gols, nenhuma assistência

Vinicius Mingotti: 14 jogos, 2 gols, nenhuma assistência

Ademir: 21 jogos, 3 gols e 1 assistência

Rafael Ratão: 8 jogos, 2 gols e nenhuma assistência

Jacaré: 14 jogos, 1 gol e nenhuma assistência

Biel: 11 jogos, 3 gols e nenhuma assistência

Luciano Juba: 2 jogos, nenhum gol e nenhuma assistência

Ueslei Pitbull, ex-jogador e quarto maior artilheiro da história do Tricolor de Aço com 140 gols, conversou com exclusividade com o Portal MASSA! sobre as questões e problemas atuais sofridos pelo setor ofensivo do clube baiano.

“Todos estão vendo a situação: o Bahia cria, mas não consegue fazer os gols. Eu, como torcedor hoje, não sei o que está acontecendo, mas está todo mundo vendo que o time não está fazendo gols. E o que mais me deixa chateado é que os jogadores dão entrevista e dizem que estão tranquilos com a situação, e o gol nunca sai”, iniciou a declaração, chateado.

“Eu, quando jogava, que ficava dois, três jogos sem fazer gol, já ficava p**o, né. Eu, quando jogava, não ficava tranquilo, não. Ficava muito bravo, ficava muito p**o da vida”, acrescentou, lembrando da época em que jogava pelo Baêa.

Multicampeão baiano pelo Esquadrão, Pitbull chamava atenção pelo talento e faro de gol dentro de campo. Matador nato da época em que defendeu o time baiano (1991–1994, 1999 e 2005), o jogador colecionou artilharias como da Copa do Nordeste e da Série B de 99. Agora aposentado, ele dá dicas para os centroavantes tricolores, em especial para Everaldo e Mingotti, que vivem uma zika danada com os gols.

“Eu diria o seguinte: que tenha perseverança, claro, e busque sempre o gol. Como eu falei, não precisa muito capricho. O cara que faz o gol, ele tem que mirar o gol, tem que acertar o gol, de repente, você está tirando muito do goleiro, de repente a bola pega diferente no pé e sai até do gol. Então, procura acertar o gol e ver o que vai acontecer”, destacou o ídolo tricolor.

Além de ótimo finalizador dentro da área, Pitbull também se destacava fora dela, com bons chutes de longa distância e sendo um exímio cobrador de faltas. Questionado sobre a escassez de bons batedores de bola parada no Bahia, o ex-atleta elogia Cauly, mas aponta que "faz falta".

“Antigamente tinha muito tempo para treinar. Hoje, infelizmente, não tem esse tempo todo. E quando você tem uma semana para trabalhar, às vezes, você visa uma situação de defesa, uma situação de finalização também, e não visa essa coisa da bola parada. Então não tem muito tempo para treinar. Esse, eu acho, que é o principal motivo”, finalizou.

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