Fifa afirma que normalidade foi restabelecida na CBF
Representantes da Fifa e Conmebol reafirmam suporte ao presidente Ednaldo Rodrigues e defendem autonomia
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, recebeu nesta segunda-feira o diretor de assuntos jurídicos da Fifa, Emílio Garcia, e o gerente jurídico da Conmebol, Rodrigo Aguirre. No encontro, Garcia afirmou que a decisão do Supremo Tribunal Federal na quinta-feira (4) evitou que o Brasil corresse sério risco de ser excluído de competições internacionais e reconheceu Ednaldo como o presidente da entidade.
“A Fifa veio aqui para poder garantir a independência da CBF e o cumprimento dos estatutos da Fifa e da Conmebol. Ficamos aliviados com a decisão do STF que restaura a presidência da CBF a Ednaldo, estamos contentes que voltamos à situação original", disse Garcia.
Ele acrescentou que o risco era grande de uma punição à CBF caso a intervenção da Justiça do Rio na entidade permanecesse.
“Havia um risco real de que o Conselho da Fifa excluísse as seleções brasileiras, em todas as categorias, e os clubes brasileiros de disputar competições internacionais.”
O representante da Fifa ressaltou ainda que "o mais importante para a Fifa e para a Conmebol é que o futebol brasileiro escolheu Ednaldo democraticamente".
Para Ednaldo Rodrigues, o momento agora é de “restaurar a normalidade do futebol brasileiro”.
“Temos muitos compromissos que são inadiáveis e urgentes com relação ao calendário do futebol brasileiro, com todas as competições. É o que sabemos fazer e organizar. Queremos que a partir de agora nos concentremos no desenvolvimento do futebol brasileiro, em todos as suas modalidades, em todos os seus segmentos e em todos os seus Estados.”
No dia 7 de dezembro, a Justiça do Rio designou um interventor para a CBF.
Posteriormente, no dia 4 de janeiro, o ministro do STF, Gilmar Mendes, ordenou a recondução de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF. O ministro ressaltou um "risco iminente de não inscrição da Seleção Brasileira Sub-23 no torneio Pré-Olímpico" e reafirmou que a Fifa não reconhecia como legítima a intervenção indicada pela Justiça do Rio na CBF.
Antes de tomar sua decisão, Gilmar Mendes solicitou avaliações da Procuradoria Geral da República e da Advocacia Geral da União sobre o caso. Ambas defenderam a posição de Ednaldo Rodrigues.
O encontro contou com a presença dos dois visitantes, o presidente da CBF, o diretor de Governança e Conformidade da CBF, Hélio Menezes, e o secretário-geral da entidade, Alcino Rocha.