ESPORTES
Izquierdo: entenda o que causou a morte do zagueiro do Nacional
Jogador de 27 anos estava internado após sofrer uma arritmia cardíaca
Por Da Redação
O zagueiro Juan Manuel Izquierdo, do Nacional-URU, morreu na noite desta terça-feira, 27, em São Paulo. O jogador de 27 anos teve parada cardíaca por conta de uma arritmia e desmaiou em campo durante a partida contra o São Paulo, válida pela Libertadores da América.
O zagueiro uruguaio teve uma piora em seu quadro de saúde no último domingo, 25, de acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein.
As arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. Dentro das arritmias, existem as taquicardias, quando o coração bate rápido demais e as bradicardias, quando as batidas são muito lentas.
Ambas necessitam de cuidado médico, porque comprometem o bombeamento do sangue para o corpo e quando não diagnosticadas e tratadas corretamente, podem provocar parada cardíaca, a exemplo da sofrida por Juan Manuel Izquierdo, doenças no coração e a morte súbita.
Quais os sintomas da arritmia cardíaca?
Muitas vezes, as arritmias cardíacas não provocam sintomas, são silenciosas e, por isso, perigosas. No entanto, alguns pacientes reclamam das palpitações, ou “batedeira”, tontura, falta de ar, sensação de desmaio. Em outros casos, como nas bradiarritmias, as palpitações já não são comuns. O paciente apresenta tontura relacionada ao esforço, cansaço desproporcional a atividade física e sensação de desmaio. Em casos graves da doença, pode ocorrer parada cardíaca, que pode levar à morte súbita.
Como prevenir?
As taquiarritmias são as mais comuns em pessoas jovens e de coração estruturalmente normal, essas não tem como prevenir, pois na maioria das vezes, o paciente já nasce com um fio a mais no coração e em algum momento da vida, a arritmia será deflagrada. Na maioria das vezes essa arritmia é benigna e o repouso não vai impedir o seu aparecimento, então, o paciente tem que levar uma vida o mais normal possível.
No entanto, apesar de a genética influenciar a predisposição a arritmias, para preveni-las, assim como demais doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, uma alimentação balanceada, não ingerir ou não exceder no consumo de bebidas alcoólicas e energéticos, não fumar, praticar atividades físicas, dar atenção à saúde emocional e, pelo menos uma vez por ano, consultar-se com um cardiologista para a realização de exames preventivos.
Como o diagnóstico das arritmias é feito?
Um coração saudável, em repouso, bate entre 50 e 100 vezes por minuto. Se esse ritmo cai ou se eleva com muita frequência, ou se a pessoa apresenta sintomas significativos como tontura, falta de ar, é hora de procurar um médico. O cardiologista investigará o histórico do paciente e fará o eletrocardiograma, um exame capaz de detectar alterações cardíacas. Se houver necessidade, outros exames, como o ecocardiograma (uma espécie de ultrassom do coração) e o teste ergométrico, que avalia o desempenho do órgão em uma prova de esforço físico na esteira, podem ser solicitados.
Como é o tratamento das arritmias?
O tratamento depende de cada caso, o cardiologista avalia e determina. Mas ele pode ser medicamentoso, pode haver a necessidade de fazer uma ablação (espécie de cateterismo), um implante de marca-passo, ou o implante de um desfibrilador interno, por exemplo.
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