NAÇÕES BARRADAS
Jogo do Brasil deve ter torcida única na Copa do Mundo; veja lista
Confronto do Brasil com o Haiti deve ser um dos afetados pelas proibições a torcedores

Por Marina Branco

Cada vez mais, o governo estadunidense vem aplicando restrições para a entrada de estrangeiros no país - mas como fazer isso em uma nação que abrigará o maior evento mundial?
Sede da Copa do Mundo em 2026, os Estados Unidos da América devem receber diversas pessoas de todos os países do mundo acompanhando suas respectivas seleções, mas não está tão aberto a isso.
Por isso, as políticas migratórias endurecidas devem afetar a Copa em si, começando pelo público. Ao menos dez partidas da fase de grupos correm o risco de serem disputadas com público reduzido ou praticamente restrito a torcedores locais, devido às dificuldades de entrada impostas a cidadãos de alguns países classificados para o torneio.
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Quais seleções serão impactadas?
O impacto atinge principalmente seleções cujos torcedores enfrentam barreiras parciais ou totais para ingressar em território norte-americano. Embora não exista veto absoluto, o aumento da burocracia tende a inviabilizar o deslocamento de grande parte das torcidas.
Entre os casos mais recentes estão Senegal e Costa do Marfim, que passaram a integrar uma lista de nações submetidas a critérios mais rígidos de imigração.
As duas seleções africanas têm partidas marcadas nos Estados Unidos logo na fase inicial do Mundial. O Senegal encara França e Noruega, enquanto a Costa do Marfim enfrenta Equador e Curaçao, todos em cidades norte-americanas.
Países com restrição total
O cenário é ainda mais delicado no caso de Irã e Haiti, países submetidos a restrição integral de entrada. As duas seleções disputarão todos os jogos da fase de grupos em solo dos EUA, o que praticamente elimina a possibilidade de presença de torcedores estrangeiros.
O Haiti, inclusive, está no mesmo grupo da Seleção Brasileira e enfrenta o Brasil na segunda rodada, em Filadélfia. Na prática, a tendência é que o confronto seja disputado diante de um público majoritariamente brasileiro ou local.
Dez jogos afetados
Somando os compromissos dessas seleções, dez partidas já aparecem como diretamente impactadas pelas medidas migratórias, com o número podendo aumentar caso os países envolvidos avancem para fases eliminatórias ou se novas nações forem incluídas nas restrições.
A situação também pode mudar no sentido oposto, caso haja flexibilização das regras ou acordos específicos para o período do torneio.
Mas e os jogadores?
A questao perpassa as torcidas, mas não deve tocar nas seleções em si. O governo norte-americano já informou que atletas, comissões técnicas e delegações oficiais terão entrada garantida no país, assegurando a realização das partidas.
A liberação, no entanto, não se estende automaticamente aos torcedores, o que aumenta a probabilidade de torcidas únicas nas arquibancadas do Mundial.
México e Canadá
Vale ressaltar também que os Estados Unidos não são a única sede do torneio, que terá jogos no Canadá e no México, países que não compartilham das mesmas restrições. Assim, caso essas seleções joguem nas duas outras sedes em algum momento da Copa do Mundo, suas torcidas poderão acompanhá-las sem problema algum.
Partidas com risco de torcida limitada:
- 13/6 – Haiti x Escócia (Boston)
- 14/6 – Costa do Marfim x Equador (Filadélfia)
- 15/6 – Irã x Nova Zelândia (Los Angeles)
- 16/6 – Senegal x França (Nova Jersey)
- 19/6 – Haiti x Brasil (Filadélfia)
- 21/6 – Irã x Bélgica (Los Angeles)
- 22/6 – Senegal x Noruega (Nova Jersey)
- 24/6 – Haiti x Marrocos (Atlanta)
- 25/6 – Costa do Marfim x Curaçao (Filadélfia)
- 27/6 – Irã x Egito (Seattle)
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