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KRAV MAGÁ

Kobi Lichtenstein: a luta contra o medo e a violência no Brasil

Como o Krav Magá chegou e se consolidou na América Latina, no Brasil e na Bahia

Por Marina Branco

17/05/2025 - 14:29 h | Atualizada em 17/05/2025 - 14:43
Grão-Mestre Kobi
Grão-Mestre Kobi -

Pelo dicionário, medo significa “estado afetivo suscitado pela consciência do perigo, temor, ansiedade irracional ou fundamentada, receio”. Na prática, o medo é a sensação de não se sentir capaz de sobreviver. Toda vez que uma ameaça se apresenta, corpo, mente e alma avaliam o quão amedrontadora ela é, ou o quanto se é capaz de derrotá-la. Caso haja, ainda que pequena, uma parcela de si que pensa não ser superior à ameaça, é aberto o espaço para o medo.

Aos três anos de idade, não se tem medo de muita coisa. Talvez por não conhecer os perigos ou não ter experimentado suas consequências, crianças costumam ter menos medo do novo. Por isso, o pequeno Kobi Lichtenstein, passeando com sua família pelas ruas de Israel, não tinha medo.

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Seus pais tinham conhecido um homem chamado Imi Lichtenfeld, que treinava as forças de defesa do exército israelense com uma modalidade de luta criada por ele mesmo, e nomeada de Krav Magá. Conversa vai, conversa vem, a família decidiu fazer uma aula, e deixar o pequeno Kobi sentado no banco assistindo.

Imi Lichtenfeld, criador do Krav Magá
Imi Lichtenfeld, criador do Krav Magá | Foto: Divulgação I Federação Internacional de Krav Magá

Curioso, ele não aceitou ficar de fora, e insistiu até que o professor o deixou testar. “Ele vai ver que não dá, que é pequenininho”, disse. É de se pensar que, em uma sala com adultos de todos os tipos e tamanhos, um menino de três anos não conseguisse lutar - mas não foi o que aconteceu.

“Aqui, você iguala todo mundo. Você elimina a vantagem e a necessidade da força bruta através da objetividade do Krav Magá. A gente trabalha em cima dos pontos mais fracos e sensíveis do corpo do agressor, para tirar a capacidade de ação”, explica.

Sabendo onde atacar e como fazê-lo, homens, mulheres, crianças e idosos de qualquer porte físico ou idade lutam em pé de igualdade, praticando a arte da defesa pessoal. Assim, Kobi aprendeu com o treinamento do próprio criador do Krav, e se aperfeiçoou na arte que hoje pratica há quase 60 anos.

“O Imi, de verdade, foi uma pessoa diferente. De muita sabedoria, com muito amor pelo ser humano, e com conhecimento vasto na parte da sobrevivência. Qualquer parte de mim tem parte do Imi. As crianças têm aqueles herois, Homem de Ferro, Batman… eu tenho o Imi. A diferença é que, entre outras crianças, tudo era televisão. Já eu, podia tocar”, fala.

Imi Lichtenfeld, criador do Krav Magá
Imi Lichtenfeld, criador do Krav Magá | Foto: Divulgação I Federação Internacional de Krav Magá

O mais fraco como o mais forte

Kobi cresceu, e nunca se afastou do Krav Magá. Aos 15 anos, começou a dar aulas. Se tornou faixa preta pela Associação Israelense de Krav Magá, e instrutor pela Universidade WIngate, a maior em Educação Física de Israel. Virou combatente das forças de defesa de Israel, e lutou na guerra do Líbano, sempre aplicando os conhecimentos do Krav Magá. Se tornou MBA em segurança nacional e terror pela Israeli College of Security and Investigation e pela Newport University.

Grão-Mestre Kobi em demonstração de Krav Magá
Grão-Mestre Kobi em demonstração de Krav Magá | Foto: Divulgação

O Grão-Mestre começou a aplicar o Krav Magá em lutas muito além da física. É como ele conta no livro “Krav Magá - O Legado de Imi Lichtenfeld”, que narra como a luta pode combater até mesmo ideologias como o fascismo por meio da mudança de mentalidade.

"Nós somos ensinados que precisamos ter boa convivência na sociedade. Gentileza gera gentileza. O mundo ideal é muito legal. Mas, para viver no mundo ideal, você tem que ter suas habilidades para poder sobreviver nele”, explica.

“Se um menino faz Krav Magá e sofre bullying, ele aprende a ter autoconfiança para se defender. O mesmo acontece no fascismo. A força dada ao que antes era considerado mais fraco para se defender mostra que as coisas não são bem assim, e as coisas mudam", continua.

É assim que o Krav Magá auxilia, por exemplo, pessoas da comunidade autista, que ganham mais autonomia e autoconfiança a partir da luta. "É o único lugar em que essas pessoas estão sendo tratadas e se sentindo iguais a qualquer um. No início, para alguns, é difícil conseguir juntar mais de três movimentos ao mesmo tempo. Com o Krav Magá, é possível chegar a mais de doze”, conta.

Grão-Mestre Kobi no tatame
Grão-Mestre Kobi no tatame | Foto: Divulgação

A nível de coordenação motora, a evolução é ainda maior, já que uma das modificações em autistas é, por vezes, a tonalidade muscular. No Krav, não é necessário ter um condicionamento físico anterior - a luta te ensina a usar o corpo e as ferramentas que você já tem, mas do jeito certo que nunca aprendeu a usar.

Assim, o Mestre ensinava Krav a grupos considerados mais vulneráveis, usando estratégias de defesa, atenção e autoconfiança para mudar a realidade de mulheres, adolescentes e pessoas autistas. “O Krav Magá analisa as agressões pelo ponto de vista do mais fraco. Quando você olha a agressão pelo ponto de vista do mais fraco, a solução que o mais fraco conseguir dar, o mais forte também vai conseguir executar”, afirma o professor Gabriel Carvalho, faixa-preta e instrutor de Krav Magá.

Gabriel Carvalho, instrutor e faixa-preta de Krav Magá
Gabriel Carvalho, instrutor e faixa-preta de Krav Magá | Foto: Denisse Salazar / AG. A TARDE

Isso faz com que a luta se propague entre grupos tidos como socialmente vulneráveis, aumentando gradativamente a presença de mulheres no Krav, que hoje já chega a 30%. “Quando as mulheres começam a praticar a modalidade, mudam a sua relação com o medo, aumentando o autocontrole nas situações de estresse e de violência e se capacitando para cuidarem de si e da sua família”, diz Gabriel.

“Mulheres costumam cuidar de muitas coisas ao mesmo tempo. Quando passam a praticar o Krav Magá, se tornam mais focadas, o que diminui o risco de ataques, além de ganhar controle frente às suas emoções”, explica.

Grão-Mestre Kobi ensinando Krav Magá
Grão-Mestre Kobi ensinando Krav Magá | Foto: Divulgação

Reféns do medo

Um dia, já adulto, Kobi viajou e visitou o Rio de Janeiro. Na época, Israel estava em guerra, vivendo o conflito que aterroriza a Faixa de Gaza até hoje. No entanto, ao chegar no Brasil, ele percebeu algo inesperado.

“Aqui, a violência faz as pessoas reféns. As pessoas têm medo de sair na rua com roupa de grife, com relógio, com joias. Todo mundo andava com qualquer coisa, até chegar no trabalho e trocar para a roupa de verdade”, percebeu.

Demonstração de Krav Magá na rua
Demonstração de Krav Magá na rua | Foto: Divulgação

“Israel é um país que vive em terror. E lembra das décadas de 70, 80 — décadas de terror em Israel. Vive com ameaça terrorista e guerra o tempo todo. E não tem todo esse medo e pavor. E aqui, que a situação é muito mais simples, a vida é cheia de medo”, analisou.

O medo, nesse caso, vem do simples fato de que a ameaça violenta não é negociável ou contornável. Em iminência, a América Latina vivia o que Kobi diz diferenciar o Krav Magá de qualquer outra coisa na vida: “O Krav Magá aborda a única coisa que o ser humano não consegue se acostumar. O ser humano se acostuma à fome, calor, frio, qualquer coisa. Não se acostuma à violência”, diz.

O treinamento do Krav, então, foca em substituir o medo pela confiança, de forma que a segurança em si mesmo se reflita em todas as áreas da vida do aluno. “Todo mundo tem medo. A pergunta é o que você faz com esse medo. Como você usa esse medo a seu favor. O quanto você deixa esse medo te dominar. Como você não deixa o medo fazer com você o que ele quiser, mas sim faz com ele o que você quiser”, explica.

Reação do Krav Magá a agressão por puxão de cabelo
Reação do Krav Magá a agressão por puxão de cabelo | Foto: Divulgação

Inconformado com o jeito brasileiro de viver o perigo, Kobi voltou para casa, e conversou com seu mestre. “O Imi ouviu isso, e se empolgou tanto que eu não teria nem mais como voltar atrás. A gente começou a se encontrar muito, por horas e horas onde ele me ensinava além da parte técnica, passando a filosofia do Krav Magá”, conta.

Então, no dia 18 de janeiro de 1990, hoje dia nacional do Krav Magá, o primeiro faixa-preta de Imi chegou à América Latina, trazendo a luta que prometia mudar a vida das pessoas.

Saber sobreviver, poder viver

Chegando aqui, a relação que ele já tinha com o medo latino entrou até mesmo nele, o desafiando mais do que qualquer exército. “Carregar uma missão desse tamanho é assustador. Mas é o Krav - tem que saber lidar com o medo. Nada me assusta, e tudo acho que eu mesmo consigo fazer”, conta.

Assim, apoiado na filosofia do Krav e no sonho de transformar a realidade latina que, para ele, está a menos de cem anos do fim da violência e da capacidade de autoproteção de qualquer civil, ele passou a viver a missão de ensinar o mundo a sobreviver.

Aula de Krav Magá
Aula de Krav Magá | Foto: Divulgação

“Nas artes marciais, o foco é no aprimoramento do próprio atleta. Ser mais forte, ser mais resistente, ser mais concentrado, ser mais alongado. No Krav Magá, o foco é a sobrevivência. Como é que a gente consegue sobreviver a qualquer tipo de agressão — física, psicológica, de qualquer tipo”, explica o Grão-Mestre Kobi.

Grão-Mestre Kobi
Grão-Mestre Kobi | Foto: Divulgação

A ideia do Krav Magá nada mais é do que isso - simplesmente sobreviver. Com os golpes certos da maneira certa e, essencialmente, a autoconfiança necessária para desferi-los, todo tipo de aluno aprende a se defender, e ser capaz de garantir a própria sobrevivência. No tatame, simulações de agressões da vida real, com alunos sentados no chão, em pé, em cadeiras, sendo empurrados e muito mais, levam quem treina a ganhar fé em si mesmo, e aprender como lidar com os perigos do mundo.

A meta de Kobi era trazer essa capacidade para os brasileiros, e assim ele fez. Chegando no Rio de Janeiro, fundou a Associação Brasileira de Krav Magá, mais tarde sucedida pela Sul-Americana, da qual hoje é presidente. A recepção que recebeu foi, sem dúvidas, a melhor possível.

Golpe de Krav Magá
Golpe de Krav Magá | Foto: Divulgação

“Antes de vir para cá, eu dei quase 15 anos de aulas de Krav Magá em Israel. Aqui foi totalmente diferente. Do dia para a noite, as turmas lotaram. Não teve mais lugar na academia onde eu estava, eu dei aula em outro lugar. Pessoas vieram de qualquer canto do Brasil, muitos com altas graduações em artes marciais, para poder matar a curiosidade”, conta.

Para lidar com a demanda crescente, foi aberto o primeiro centro de Krav Magá na América Latina, o Top Defense, com aulas das seis da manhã às onze da noite, seis dias por semana. “As pessoas abraçaram o Krav Magá de uma forma maravilhosa e viram, em muito pouco tempo, a diferença que o Krav Magá faz neles”, diz.

Grão-Mestre Kobi lutando Krav Magá
Grão-Mestre Kobi lutando Krav Magá | Foto: Divulgação

Assim, o Brasil e a América Latina começaram a conhecer o Krav Magá e as possibilidades que ele oferece: “São 35 anos em que a gente faz diferença na vida das pessoas. Mostra para eles que tem opção do que fazer contra a violência, que qualquer cidadão de bem — eu, você, qualquer um —, consegue”.

“É isso que você vai aprender: como fazer a coisa certa, na hora certa, no lugar certo. Qualquer coisa tem uma forma certa — ela tem que acontecer na hora certa e tem que ter um momento certo”, explica.

Brasil: capital mundial do Krav Magá

O Krav Magá estava no Rio de Janeiro. Firme, consolidado, começou a se espalhar para outros estados brasileiros, essencialmente no Sudeste. No entanto, do mesmo jeito que Kobi mudou a realidade do Brasil, outros lutadores que aprenderam com ele passariam a mudar a realidade do Brasil como um todo.

Grão-Mestre Kobi em aula de Krav Magá
Grão-Mestre Kobi em aula de Krav Magá | Foto: Divulgação

Na Bahia, veio Henrique Cerqueira. Aprendiz de Kobi, ele viajou para o Rio e decidiu fazer uma aula com o Mestre. Lá, se apaixonou pelo Krav Magá e decidiu mudar a realidade do estado em que nasceu. De volta à Bahia, ele organizou a própria vida e se mudou para o Rio de Janeiro.

“Ele voltou e me disse ‘eu vou ficar quanto tempo for necessário até que você me torne instrutor de Krav Maga e eu possa levar o Krav Maga para a Bahia’”, conta Kobi. Como Henrique, muitos outros disseminaram a luta pelo Brasil, que se tornava cada vez mais um país importante no mapa do Krav Magá.

Grão-Mestre Kobi lutando no tatame
Grão-Mestre Kobi lutando no tatame | Foto: Divulgação

A culminância de tudo isso, no entanto, veio em um dia tão gigantesco que acabou nas páginas recordistas do Guinness Book. A ideia na época era fazer uma noite de homenagens ao centenário do Mestre Imi e aos 20 anos de Krav Magá no Brasil, em um evento a ser realizado no Rio de Janeiro.

No entanto, durante os preparativos, um dos alunos do Mestre Kobi fez uma viagem à Europa, e decidiu fazer uma aula de Krav Magá por lá. Conversando com os lutadores europeus, descobriu que eles não sabiam quem foi o Mestre Imi, e contou a realidade lá fora para o Mestre Kobi.

“Então vamos mudar a festa. Vamos fazer a festa não para nós, vamos fazer para todo mundo”, disse o mestre. E assim foi. Em maio de 2010, o Rio de Janeiro se tornou a capital mundial do Krav Magá por cinco dias, em um evento com seminários, palestras, workshops, mostras culturais e noites de homenagens.

Grão-Mestre Kobi e o prêmio do Guiness Book
Grão-Mestre Kobi e o prêmio do Guiness Book | Foto: Divulgação I Guiness Book

Com a presença de delegações de 28 países e mestres do mundo inteiro, foi feita a maior aula de defesa pessoal do mundo, envolvendo 2.212 alunos, entrando para o Guinness de recordes e dando a Kobi o título de colaborador emérito do Exército Brasileiro.

“Até hoje eu tenho instrutores que vêm de outras organizações do mundo inteiro para vir fazer uma aula com a gente aqui, para ver o que é o Krav Magá que Imi criou lá em 1940, sem mudanças, sem evoluções, sem nada. Esse é um dos pontos altos de toda a nossa carreira, sem dúvida nenhuma”, conta o Mestre.

A maior aula de defesa pessoal do mundo
A maior aula de defesa pessoal do mundo | Foto: Divulgação I Guiness Book

De lá para cá, o Mestre foi o responsável por treinar civis, forças de segurança pública e privada, a exemplo dos Comandos Anfíbios das Olimpíadas no Rio em 2016, a segurança pessoal da Presidência da República, o BOPE, as Forças Especiais do Exército e o Centro de Instrução de Guerra na Selva.

Os ensinamentos de Kobi e Imi ficaram registrados em quatro livros escritos pelo aprendiz-mestre, explicando os métodos e filosofia do Krav a quem quiser conhecer.

Grão-Mestre Kobi treinando Krav Magá
Grão-Mestre Kobi treinando Krav Magá | Foto: Divulgação

Rua como regulamento

Nunca foram feitas, no entanto, competições de Krav Magá, com um motivo muito certeiro para isso. Em torneios, existem sempre padrões, regras do que é ou não permitido, e como agir para ser avaliado da melhor maneira. No Krav, não.

“Quando você prepara alguém para uma competição, ele tem que seguir certas regras, certa filosofia, certo comportamento. Na rua, nunca é assim. Na rua não tem padrão”, explica o Mestre.

O Krav Magá ensina defesa contra armas
O Krav Magá ensina defesa contra armas | Foto: Divulgação

É daí que vem a ideia de que o Krav Magá “não tem regras”. Por ser uma simulação da vida real, não existem normas, limites ou definições - tudo é válido quando o objetivo é sobreviver. A ordem e a disciplina características das lutas são ensinadas a fundo, andando lado a lado com o reconhecimento da imprevisibilidade da vida.

Golpe de Krav Magá
Golpe de Krav Magá | Foto: Divulgação

“É uma filosofia aberta. Você pode e deve fazer qualquer coisa pra poder sobreviver. Nas artes marciais, você tem dois lutadores, um estuda o outro, quando um vacila o outro dá uma bomba. O Krav Maga tem você e o agressor, e não vai acontecer nada até que ele apresente um risco real. Você sempre sai de posição de defesa para evitar o máximo de danos a você”, explica.

Grão-Mestre Kobi em luta com armas brancas
Grão-Mestre Kobi em luta com armas brancas | Foto: Divulgação

Krav Magá não é violento, nem um pouco. Violento é o agressor. Krav Magá é agressivo, é diferente. Quando você é agressivo em essência, você vira violento, mas agressivo proporcionalmente, pela rapidez, não pela força, é a inteligência outra do comportamento”, completa.

O Krav Magá usa pontos fracos do agressor para desestabilizá-lo
O Krav Magá usa pontos fracos do agressor para desestabilizá-lo | Foto: Divulgação

Não existem torneios de Krav Magá. Não há nota, competição, melhor ou pior, porque na vida, há apenas quem sobrevive, seja como for. Em campeonatos existem regras, coisas permitidas e proibidas, que não têm espaço no Krav Magá. Existem também vencedores e perdedores.

A possibilidade de perder existe. Na rua não existe. Na rua você perde porque você morreu. Por isso, trabalhamos a defesa contra ameaça e o ataque ao mesmo tempo, sem limitações que não cabem na vida real”, diz.

Do outro lado do medo

Hoje, comemorando 35 anos do Krav Magá no Brasil, a grande alegria do Mestre Kobi é sentir que cumpriu com sua missão. Inicialmente, o sonho era tornar o Krav uma opção para todos que quisessem procurá-lo na América Larina. Agora, o desejo de Kobi se tornou uma realidade tão sólida que perpetua o legado deixado por ele e pelo Mestre Imi em diversos países latinos.

“Hoje, 35 anos depois, eu sei que eu não tenho mais importância, porque daqui a 500 anos ainda vai ter aqui alguém nesse continente que vai ensinar Krav Magá. Vai dar para quem precisa uma oportunidade, uma opção”, diz.

Grão-Mestre Kobi
Grão-Mestre Kobi | Foto: Divulgação I Krav Maga Mestre Kobi

“Esse é meu sonho. Que o Krav Maga chegue um dia para qualquer cidadão de bem. Porque é isso que vai fazer a diferença e eu acredito que um dia isso vai acontecer. Quando acontecer, a gente vai ter outro país, outro mundo. A nossa função como instrutores e praticantes de Krav Magá é essa. Deixar para trás de nós um mundo um pouco melhor”, completa.

Aos três anos de idade, a ausência de medo no pequeno Mestre Kobi fez com que, hoje, o medo que assola a América Latina tenha um antídoto. Que a violência receba um contraponto. Que a agressão tenha uma solução. E, mais que qualquer outra coisa, que sobreviver, do outro lado do medo, se torne uma opção.

Grão-Mestre Kobi lutando
Grão-Mestre Kobi lutando | Foto: Divulgação I Krav Maga Mestre Kobi

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Tags:

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