FINAL DA COPA DO NORDESTE
“O verdadeiro penta é do Bahia”: festa tricolor esquenta Fonte Nova
Torcida do Esquadrão chega à Fonte Nova respeitando o Confiança e provocando o Vitória

Por Marina Branco, Téo Mazzoni e Lucas Vilas Boas

Ainda falta um bom tempo para o apito soar na final da Copa do Nordeste - mas a Fonte Nova já está em festa desde cedo. Ao redor do caldeirão da finalíssima deste sábado, 6, às 17h30, a torcida do Bahia cria todas as melhores energias para o time, entre camisas, bandeiras e gritos que pedem pelo quinto título no Nordestão em cima do Confiança.
Entre provocações ao rival clássico e em campo, fé no elenco e expectativa pela consagração, o que une todos ao redor da Fonte é o orgulho de vestir azul, vermelho e branco. Com mais de 40 mil vozes prontas para empurrar o time de Rogério Ceni, a torcida parece já comemorar o título ainda por vir.
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O clima é de fé absoluta no título e também de olhar para frente. Muito além da certeza que o torcedor do Bahia tem de que vai sair da Fonte campeão, surge também a esperança de que a conquista sirva de combustível para a Copa do Brasil, que tem a volta das quartas de final sendo disputada pelo Bahia contra o Fluminense no dia 10 de setembro.
"Hoje qualquer baba que o Bahia faz aqui coloca 20 mil pessoas. Hoje vai ser lotação máxima, 48 mil torcedores. Vai ser 3 a 0. Esse título vai dar inspiração para ir com tudo contra o Fluminense na Copa do Brasil", projetou Carlos Araujo, de 46 anos.
Entre os mais experientes, o sentimento de “pé quente” também estava presente. Adilson Carmo, de 47 anos, já viu três títulos do Bahia na Fonte, relembrou conquistas passadas e garantiu o mesmo placar: “O maior campeão é o Bahia, pai. Hoje vai ser 3 a 0 de novo. Se eu fosse Rogério Ceni, botava time misto, poupava para quarta-feira. Mas o título hoje já é nosso".

Seja pela tradição, seja pela vontade de ser penta, o apego ao Nordestão está espalhado por toda a fonte, com torcedores como Maxi Alberto, de 48 anos, que segurava uma taça simbólica da Lampions League nas mãos e a tatuagem do escudo tricolor no braço.
“Pelo placar construído em Aracaju, se o Bahia perder esse título seria uma das maiores tragédias do futebol mundial. Mas, se pudesse escolher, preferia a semifinal da Copa do Brasil, porque é um feito inédito. A Copa do Nordeste o Bahia já conquistou várias vezes, com o Grupo City teremos ainda mais finais", projetou.
Mesmo assim, ele ressaltou o sabor especial que a conquista teria neste sábado: “Ser campeão em cima de um time que eliminou o nosso rival não tem preço. A incompetência do Vitória é problema deles. O Bahia vai ser penta de verdade".

A fala de Maxi tem contexto - para o maior rival do Bahia, o Vitória, a marca dos cinco títulos de Nordestão já foi alcançada por eles. Tendo vencido em 1997, 1999, 2003 e 2010, o clube reivindica o reconhecimento da conquista do Torneio José Américo de Almeida Filho de 1976.
Para Lucas Corrêa, de 19 anos, o penta do Vitória não existe: “Mentira só é bom quando eu conto. Penta, o único pentacampeão é o Bahia". A mesma ideia é defendida por Carmem, torcedora de 52 anos que riu ao ser questionada sobre a polêmica.
“Eles são penta só de jogo de botão. A única coisa que têm é isso. Verdadeiramente, são as galinhas e vão continuar sendo galinhas. Se tivessem aqui, iam tomar um pau da gente de novo", afirmou.

O real adversário, no entanto, é o Confiança, clube da Série C que eliminou o Vitória no caminho e alcançou a final. “O Vitória é incompetente, por isso não passou. Agora a gente está na final, vai descontar o pau que eles tomaram do Confiança nas quartas. Aqui vai ser só entrega de parte, porque o resultado a gente já fez lá fora de casa”, afirmou Lucas.
Apesar da rivalidade, muitos torcedores do Bahia chegam a elogiar a campanha feita pelo Dragão, que surpreendeu no torneio. "A final é quem está na final. Quem passou para a final merece estar aqui, quem não passou, chora. A (final) mais bonita vai ser hoje, Bahia e Confiança, porque eles merecem. Com o Vitória eu só acho engraçado, eu dou risada. Nada além disso", afirmou Marcelo Palumbo, torcedor de 47 anos.

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