ESPORTES
Paralisação? CBF vai acatar clubes, mas faz alerta sobre calendário
Ministério do Esporte e mais de 10 clubes da Série A pedem paralisação por tragédia no RS
Por Da Redação
Em meio a tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul neste mês de maio, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai acatar a decisão dos clubes sobre paralisação do Campeonato Brasileiro. Na segunda-feira, 13, os clubes que fazem parte da Liga Forte União confirmaram ser a favor da interrupção. No entanto, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou ao ge que também irá fazer um alerta sobre o calendário.
"Temos um calendário difícil, e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil", declarou Ednaldo ao ge.
"É interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos. Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário [aos clubes] porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes", falou.
Assinaram a nota da Liga Forte União Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco da Gama.
"Vamos falar com os clubes, ouvindo todos de forma exaustiva e acatando a decisão da maioria. Mas sempre colocando: "Olha, temos um calendário difícil, e a paralisação de todos vai contribuir para ficar mais difícil ainda", acrescentou.
O primeiro pedido de paralisação dos jogos do Brasileirão foi feito pelo Ministério dos Esportes. Ednaldo Rodrigues ainda pediu que a pasta do governo federal ajude a mitigar os efeitos da interrupção.
"O Ministro do Esporte [André Fufuca], que também solicitou que houvesse a paralisação... Esperamos que possa haver alguma iniciativa do Ministério, para que coloque recursos que possam amenizar a vida dos entes queridos. E também das reformas de que carecem, de imediato, os estádios do Rio Grande do Sul."
Ednaldo também descartou a possibilidade de ser criada uma proteção esportiva aos times afetados, como por exemplo evitar o rebaixamento.
"Essa teoria eu não concordo. De imediato eu rechaço. Quando se faz uma competição, se obedece leis e princípios. E as competições têm interdependência umas com as outras. Quatro clubes sobem de divisão, quatro são rebaixados. Quem tem o bônus também tem que ter o ônus. Não se pode dizer "[um time] não vai ser rebaixado" se [o mesmo time] puder ser campeão. Fere os princípios da moralidade."
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