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Esportes
Pia Sundhage visita projetos sociais na Rocinha
Além de desfrutar das praias, música e futebol, Pia faz questão de se conectar com o dia a dia do Rio
Próximo da disputa da Copa do Mundo, a treinadora da Seleção Brasileira Feminina, Pia Sundhage, visitou a Rocinha, comunidade localizada no Rio de Janeiro. A comandante feminina optou por imergir na vida carioca durante sua estadia no país.
Além de desfrutar das praias, música e futebol, Pia faz questão de se conectar com o dia a dia do Rio de Janeiro. A convite da CBF, a treinadora e sua assistente técnica, Lilie Persson, visitaram a Rocinha com um roteiro diferenciado. Elas conheceram o Projeto Acorda Capoeira e revisitaram a ONG Mão do Bem, da qual Pia é uma das apoiadoras.
O Projeto Acorda Capoeira é um dos mais antigos da Rocinha, existindo há 21 anos. Sob a liderança do Mestre Manel, o local acolhe aproximadamente 200 crianças e adolescentes da comunidade, proporcionando entretenimento e conhecimento. Além disso, o projeto oferece uma oportunidade para esses jovens se afastarem dos perigos presentes na sociedade, como relata Mestre "Sushi", um dos responsáveis pelo projeto.
"O Acorda Capoeira tem essa importância aqui dentro da comunidade da Rocinha, que é puxar esses jovens para a arte e a cultura para que tenham essa oportunidade e outra perspectiva. Então, a capoeira e as artes têm essa função para abrir a mente do jovem para o mundo lá fora", conta Sushi.
A presença de Pia Sundhage na Rocinha trouxe um sentimento de encantamento e felicidade durante as apresentações habituais para os turistas. A verdade é que ver pessoalmente a mulher que normalmente é vista apenas pela televisão e que estará liderando a Seleção Brasileira na Copa do Mundo Feminina ainda causa um choque de surpresa. A presença da renomada treinadora realmente impactou a todos.
"É uma emoção muito grande, estou feliz e animadaço de ter a treinadora da Seleção Brasileira aqui. É surreal, não dá pra explicar", exalta Jacaré, aluno do Projeto Acorda Capoeira.
Explorando as ruas da Rocinha, Pia Sundhage dirigiu-se à ONG Mão do Bem. Embora a caminhada tenha durado apenas cerca de dez minutos, foi tempo suficiente para surpreender os moradores que seguiam com suas rotinas tradicionais em uma terça-feira aparentemente comum, subindo e descendo as ladeiras da comunidade.
Foi por intermédio de sua amiga e compatriota, Sofia Sudén, que Pia teve conhecimento do projeto Mão do Bem, estabelecido em 2019. Regularmente, ela dedica parte de seu tempo para inspirar as famílias que participam das rodas de conversa e recebem cestas básicas. A treinadora enxerga seu discurso como um dos instrumentos de transformação.
Além de oferecer palestras para as famílias, o local também disponibiliza cursos gratuitos de inglês e espanhol para os moradores da comunidade. Sempre solícita, Pia participou de conversas com os alunos, compartilhando sua longa e vitoriosa carreira no futebol. Através da bola, ela conquistou inúmeros títulos e, o que é ainda mais importante, corações. O brilho de felicidade nos olhos das quarenta pessoas presentes naquela tarde, diante da sensibilidade demonstrada pela treinadora sueca, era motivo de alegria.
"Estou fascinada porque eles me receberam bem e me reconheceram. Pra mim, isso mostra que eles estão reconhecendo o futebol feminino. Sinto que estou representando o futebol neste país e isso é algo importante e legal. Você tenta passar seriedade sobre as coisas, mas ao mesmo tempo, comunicar sobre o trabalho em equipe, e o futebol pra mim é algo muito coletivo", conta Pia.
Além das palavras, Pia representou a CBF na doação de 60 cestas básicas da rede de supermercados Assaí, 40 kits de cuidados especiais da CIMED ao Mão do Bem, e também doou 40 kits de materiais esportivos da NIKE ao Projeto Acorda Capoeira.
Com a Copa do Mundo Feminina se aproximando em 36 dias, Pia logo embarcará em uma nova aventura, tendo a certeza de que seu coração está cada vez mais brasileiro.
