CAPITÃO DE VOLTA
"Se Everton com 36 anos quer, o garoto tem que querer", elogia Ceni
O técnico tricolor ressaltou a importância do capitão no retorno ao Bahia após vencer o câncer

Por Marina Branco

O triunfo contra o Red Bull Bragantino foi mais do que três pontos para o Bahia - o time recebeu de volta também seu capitão, que estava afastado do clube há pouco menos de um mês para operar e vencer um câncer na tireoide.
Com Everton Ribeiro de volta poucos minutos antes de iniciar a jogada que resultou no gol da virada e deu o 2 a 1 ao Esquadrão, Rogério Ceni enxerga o retorno como muito mais do que um reforço técnico, mas sim um significado emocional para o time.
"Se um cara com 36 anos ainda tem esse desejo, o garoto que está chegando tem que querer também. Se não sentir, vaza que é melhor", disse.
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Everton ficou em campo poucos minutos, mas participou diretamente do lance do gol da virada - recebeu por dentro, achou Tiago atacando o espaço pela direita e o atacante cruzou para Willian José fazer o 2 a 1, aos 44.
Ceni contou que segurou o meia até o fim porque sabia que ele ainda não tinha condição física de jogar um tempo inteiro. "Eu sabia que ele não tinha mais energia do que para 15 minutos. Então pedi para colocar mais no final. Tecnicamente é um jogador que pode achar uma jogada diferente, e achou", confirmou.
Recuperação física
Na coletiva, o treinador explicou que o próprio processo de volta de Everton já vinha acontecendo nos treinos. Primeiro na academia, depois com bola, mas sem contato, e só na última semana treinando normalmente.
Mesmo assim, ele preferiu usá-lo com cautela, já que o jogo estava aberto e o Bragantino apostava muito no contra-ataque. "Fiquei um pouco preocupado porque, no 1 a 1, eles tinham contra-ataque e o Everton, na parte física, era o que mais deixava a desejar. Mas ele entrou na posição que costuma jogar e com jogadores de boa técnica ao lado", afirmou.
Ceni também relacionou o exemplo do capitão com o momento da equipe na tabela. Com o triunfo, o Bahia se manteve no G5 e viu a vaga direta para a Libertadores ficar mais próxima.
"O maior psicológico (para jogar campeonatos internacionais) é jogar as competições. Se você joga uma, joga duas, joga três, vai criando casca. O Everton já viveu isso. Ele ter esse desejo de seguir ganhando ajuda muito a gente", reconheceu.
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