Entenda o que são os “corredores humanitários”

Em seu décimo segundo dia, a Guerra da Ucrânia não parece próxima de um desfecho. O anúncio, nesta segunda-feira, 7, de que a Rússia quer abrir corredores humanitários em quatro cidades ucranianas, incluindo a capital, fez com que se aumentasse a procura pelo termo nos sites de busca.

Os corredores humanitários anunciados pela Rússia, para as cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy, foram rejeitados pela Ucrânia. O termo se refere a zonas desmilitarizadas, em área específica e por tempo específico, para que civis possam ser evacuados e para que alimentos, remédios e ajuda médica possam ser levados para as zonas de conflito.

Os civis ucranianos, neste caso, iriam para a Rússia ou Belarus, que é aliada da Rússia, o que fez com que o governo ucraniano rejeitasse o acordo, já que os cidadãos ucranianos deveriam se deslocar dentro do território ucraniano, segundo o governo do país que sofre ataques.

Para um corredor humanitário se tornar viável, é preciso acordo entre as duas partes, no caso Rússia e Ucrânia, e intermediação da Organização das Nações Unidas. Os riscos dos corredores humanitários, no entanto, é que estes podem também ser usados para o contrabando de armas e combustível para cidades sitiadas, além do acesso de jornalistas que podem vir a relatar crimes de guerra, o que não é do interesse de todas as partes envolvidas na negociação.