ARQUITETURA
Ambientes integrados dão uma sensação de amplitude; veja dicas
Integração dos espaços em uma casa deixa os cômodos mais claros e arejados
Por Laura Pita*
Inspirados nos lofts nova-iorquinos, ambientes integrados são verdadeiras tendências da arquitetura atual. Solução contemporânea para casas acolhedoras, a ideia é acabar com as delimitações por estruturas tradicionais, como paredes, promovendo espaços mais claros, arejados e amplos.
Este ano, a arquiteta Vivian Oliveira se mudou para um apartamento com sala, cozinha e varanda integradas em Salvador. A ideia partiu da vontade de receber amigos e familiares em um lar confortável para todos. O engenheiro civil Neto Barreto explica essa vantagem; “Com os ambientes integrados as pessoas conseguem se comunicar e se ver mesmo estando em espaços diferentes da casa”.
Entre os benefícios de acabar com as formas tradicionais de divisão dos cômodos está a impressão de amplitude no espaço. “Ajuda muito na sensação de ter um apartamento maior, então fica mais agradável”, ressalta Vivian. Outra vantagem é o maior alcance da iluminação natural no ambiente. “Quando a casa está completamente integrada, ela fica mais clara e arejada”, destaca a arquiteta da EME Arquitetura, Milena Bastos.
Contudo, também é essencial analisar as desvantagens do fim das barreiras estruturais entre os cômodos. “Como a cozinha está integrada com a sala e a varanda, logo na entrada do apartamento, qualquer bagunça vai ficar exposta”, afirma Vivian. Para este tipo de situação, a arquiteta da EME Arquitetura, Mariana Travassos, dá soluções: “Cortinas, elementos verticais vazados e móveis estrategicamente posicionados ajudam a dar privacidade, mantendo a fluidez dos espaços”.
Função dos objetos
Em um lar integrado com funcionalidade, elementos verticais, móveis e tapetes ainda cumprem o papel de separar os diferentes cômodos e suas funções. “Os itens de mobiliário podem atuar como divisores de espaços de maneira sutil e funcional. Os tapetes também são excelente opção para demarcar esses ambientes e áreas criando uma sensação de divisão sem a necessidade de barreiras físicas”, sugere Milena Bastos.
Para quem deseja acabar com as estruturas tradicionais de delimitação entre os espaços, há ainda uma preocupação maior: entender se a integração é realmente possível naquela residência. “A estrutura de muitos prédios e casas já foi concebida com paredes com uma infinidade de elementos estruturais fundamentais dentro delas, como vigas e pilares. Então, para fazer a integração de um ambiente é importante ter cuidado com esses detalhes e procurar ajuda profissional habilitada para analisar a possibilidade da integração”, explica Neto Barreto.
A possibilidade de acabar com as paredes era um fator decisivo na escolha do apartamento ideal para Vivian. “Eu e meu esposo tivemos o cuidado de olhar na planta onde estavam posicionados os elementos estruturais para saber se a integração entre os espaços seria possível”.
Com o fim das paredes, estratégias devem ser tomadas para garantir a fluidez entre os cômodos. “O principal é que a gente use uma paleta de cores harmoniosa e repita certos materiais, como madeira e metal, nos diferentes ambientes. A vegetação, que traz um aconchego muito grande, também dá uma sensação de unidade ao espaço”, indica Mariana Travassos. “Móveis multifuncionais e outros elementos decorativos precisam estar dispostos de forma que o fluxo na casa seja intuitivo”, finaliza acrescentando.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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