CADERNO IMOBILIÁRIO
Decoração: veja dicas para quartos compartilhados
Seja entre irmãos ou colegas, dividir o cômodo exige respeito às particularidades
Por Daniel Araújo*
O quarto costuma ser um espaço que reflete a personalidade de seu dono, um local mais reservado na casa para descanso e lazer. Em muitos contextos, porém, é necessário dividir quarto, seja entre irmãos, seja com colegas de faculdade ou trabalho. Nesses casos é importante pensar estratégias de decoração que respeitem as personalidades de ambos, assim como decorações específicas para esse contexto coletivo.
Uma estratégia interessante nesse sentido é pensar móveis que são úteis aos dois ou mais ocupantes do quarto, como por exemplo mesas. “É importante identificar pontos de interseção nos hábitos entre essas pessoas, para colocar móveis que atendam às rotinas de todos, uma bancada de estudos é necessária para todas as faixas etárias, por exemplo”, afirma a arquiteta Lissa Barreto.
As cores usadas na decoração são reflexos importantes da característica do ambiente, outro ponto interessante é como escolher as cores para ambientes compartilhados, onde recomenda-se tons neutros. “A escolha da cor deve ser sempre para algo leve, agradável e não cansativo, que passe tranquilidade já que se trata do quarto”, aconselha a designer de interiores Dolores Landeiro.
Quartos compartilhados são mais comuns em famílias com crianças, onde os irmãos dividem o quarto, principalmente na infância, tendo isso em mente, é importante adaptar os quartos compartilhados às necessidades e limitações de duas crianças. “Uma tendência é utilizar espaços multifuncionais. Uma mesma bancada pode ser utilizada para estudar, brincar, desenhar e tocar um instrumento musical. Pode inclusive ser regulada em diferentes alturas”, explica Lissa.
“É importante usar um layout que otimize o espaço, cada vez mais, os quartos são pequenos e usar um tipo de cama beliche dá a possibilidade de termos uma área para mesa de estudo, um cantinho para leitura, o armário para roupas, sapatos e outros itens pessoais”, afirma Dolores a respeito da importância da multifuncionalidade para quartos compartilhados por duas ou mais pessoas.
O desafio do projeto
A privacidade e o limite das pessoas que dividem o quarto é sempre uma questão que gera dificuldade para quem decora e planeja esses ambientes. “A situação de um quarto compartilhado é algo que precisa ser bem administrada pela família, porque as crianças ou adolescentes precisam estar conscientes do limite de cada um. As camas beliche já proporcionam esse limite”, defende a designer
A privacidade e o espaço precisam ser respeitados. É importante que haja no local ferramentas que facilitem a organização do espaço, uma vez que duas ou mais pessoas têm uma capacidade maior de desorganizar o quarto. “Caixas organizadoras e baús com rodinhas para guardar brinquedos e diversos outros objetos são essenciais. No caso de crianças, eles ainda ajudam a estimular a ter a disciplina de arrumar tudo ao final de cada brincadeira. Armários fechados e gavetas também são uma mão na roda. Costumo usar gavetas embaixo de camas planejadas, otimizando o espaço para guardar pertences”, recomenda Lissa.
Em suma, a decoração de quartos compartilhados demanda um equilíbrio entre funcionalidade e estética, respeitando as individualidades dos ocupantes. Ao considerar essas estratégias, é possível transformar o quarto compartilhado em uma experiência agradável e funcional para os moradores.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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