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Caderno Imobiliário
Estúdios e lofts impulsionam a venda de imóveis novos em 2023
Total de imóveis comercializados em Salvador e na região metropolitana reforça cenário
Nos dois primeiros meses do ano foram comercializados em Salvador e na região metropolitana (Lauro de Freitas, Camaçari e Mata de São João) 1.229 imóveis novos. As vendas no período foram puxadas por unidades do tipo estúdio e loft (21,6%), seguida dos imóveis de padrão médio, custando até R$ 500 mil (19,7%); depois os econômicos (19,1%), ou até o teto do programa de habitação popular, Minha Casa, Minha Vida (MCMV), na faixa de R$ 170 mil.
Também foram comercializados oito apartamentos da categoria “super luxo”, ou acima de R$ 3 milhões (0,7%). No acumulado do bimestre foram lançadas 844 unidades, quase a metade (47,4%) padrão econômico.
Os dados fazem parte de estudo realizado pela consultoria Brain Inteligência Estratégica, e divulgados pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi) na semana passada. Segundo os realizadores, o objetivo da pesquisa é entender as oportunidades dos mercados vertical, comercial e horizontal em Salvador e região metropolitana, além de estratificar e “mapear a concorrência”.
Ainda quanto aos lançamentos, 35,1% foram do modelo standard (até R$ 500 mil); até R$ 1 milhão (médio padrão), 3,8%, e, entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões, 6,6%. Imóveis em condomínios horizontais ficaram com a fatia de 7,1% do total.
O resultado no início de 2023 superou as expectativas de analistas, em função de um momento classificado por eles como incerto, devido a transição no governo federal, instabilidade política e econômica.
“Considerando que entramos o ano de 2023 com mudanças e instabilidades do ponto de vista econômico e político, considero os resultados do bimestre positivos. O mercado imobiliário direciona o país para a estabilidade, e a sociedade está cada vez mais confiante de que o imóvel é um bem seguro para comprar e investir”, aponta Cláudio Cunha, presidente da Ademi-BA.
O preço (ou ticket) médio dos apartamentos em Salvador gira em torno de R$ 442,8 mil; e, na região metropolitana, R$ 289,2 mil. O preço médio do quadrado nas duas praças é de R$ 7,9 mil e R$ 5,4 mil, respectivamente. 51% dos imóveis comercializados contam com dois quartos; 31,2% possuem um único quarto, 14,1%, três; e 3,7%, quatro dormitórios.
Em Salvador, o preço médio do imóvel por “classificação” fica assim: Econômico (R$ 173,7 mil), Standard (R$ 295,8 mil), Médio
(R$ 664,5 mil), Alto (R$ 1,2 milhão), Luxo (R$ 1,9 milhão), e Super Luxo (R$ 3,4 milhões). Na RMS: Econômico (R$ 177,4 mil), Standard (R$ 308 mil), Médio (R$ 741 mil), e Alto (R$ 1,2 milhão).
Alto luxo
Na Prima Empreendimentos, que na segunda quinzena de janeiro lançou na capital o Sublime Horto House, no Horto Florestal, o resultado do primeiro trimestre superou os números do mesmo período do ano anterior, conta o diretor Comercial e de Marketing, Christiano Polillo.
Com Valor Geral de Vendas (VGV) na casa de R$ 260 milhões, o Sublime possui uma única torre de 36 pavimentos, em área de 4,2 mil metros quadrados, com duas unidades por andar de 225 m² ou 269 m² – cada coluna um elevador privativo –, quatro suítes, todos com piscina na varanda.
“O produto vem performando bem, com uma boa aceitação, nesse que é um ano em que imaginávamos uma ressaca, decorrente de um processo eleitoral que causou muita apreensão. E no entanto, a partir da segunda quinzena passou a fluir normal, e o mercado começou a consumir”, diz. Polillo destaca que a Prima atua principalmente no mercado de alto luxo e tem, para os próximos meses, planos de expandir os negócios em Salvador de forma bastante “expressiva”. “Especialmente na área de primeira residência”, fala.
Ainda segundo o diretor da Prima, um outro lançamento está em fase de aprovação para o segundo semestre.
Na MRV, a Bahia teve o melhor resultado em vendas no primeiro trimestre de 2023, afirma a gestora comercial da construtora, Flávia Cezimbra. Segundo ela foram comercializadas no período 597 unidades, e “os números são ainda mais animadores para o segundo trimestre”, fala ela.
“Considerando as movimentações do mercado imobiliário em Salvador e RMS, os resultados da MRV puxaram as vendas dos imóveis novos no primeiro trimestre. Somente com o lançamento da smartcidade Sete Sóis Paralela – primeira do país – em março, foram 480 unidades na Av. 29 de março. No final do trimestre, 90% deste empreendimento já estava vendido, o que mostra que havia uma demanda reprimida na cidade em empreendimentos no padrão econômico com qualidade e boa localização", diz Flávia.
A smartcidade Sete Sóis Paralela terá 12 empreendimentos, 4.596 unidades, R$ 1,4 bilhão em VGV e investimento em urbanização pela própria MRV de R$ 111 milhões. Ainda segundo a gestora comercial, em abril foram lançados mais dois empreendimentos – um também na smartcidade e outro em Piatã –, com 1.040 unidades no total. “E ambos contaram com mais de 100 unidades vendidas nos primeiros quinze dias após o lançamento. Então, somente neste ano, lançamos empreendimentos em diferentes localidades da cidade, com diferentes padrões – bloco e torre – e para públicos e bolsos diversos”.
