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08/09/2024 às 5:00 - há XX semanas | Autor: Pedro Hijo

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O "instinto artístico" de Pedro de Rosa Morais

Conheça a trajetória do cantor e ator baiano

Pedro de Rosa Morais
Pedro de Rosa Morais -

É difícil achar um tempo vago na agenda do cantor e ator baiano Pedro de Rosa Morais nos últimos meses. O espetáculo O mar de Caymmi - Poético, sonoro, profundo, que estreou na última sexta-feira, 6, no Teatro Sesi do Rio Vermelho, tem ocupado boa parte do dia do artista. Com músicas do cantor e compositor Dorival Caymmi, o show faz parte da comemoração de 22 anos da Cia. Brasil de Teatro, composta por Pedro e pelas artistas Ilma Nascimento, Janaína Carvalho e Sandra Simões.

"Era para ser só um show com canções de Caymmi, mas quando a gente viu, estávamos colocando falas e aí a coisa foi crescendo", diz Pedro, que nasceu em Itamaraju, no extremo sul da Bahia, e se mudou para Salvador com 11 anos. Na capital baiana, ele começou a dar um formato para o que chama de "instinto artístico", que carregava desde pequeno.

A trilha sonora entoada pelo radinho de pilha do pai de Pedro privilegiava barítonos como Nelson Gonçalves e Cartola. "Eu ouvia aquelas músicas e achava que nunca seria cantor porque, pequeno, eu tinha uma voz muito aguda, tipo Michael Jackson", conta o artista que hoje empresta o tom de voz grave para releituras de obras de Luiz Melodia e Lupicínio Rodrigues, em tributos nos palcos.

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Perfil do músico Pedro de Rosa Morais. Ele é cantor, ator e atua na cena baiana desde os 20 anos.


Na foto: Pedro de Rosa Morais

Foto :Olga Leira / AG. A TARDE

Data:03/09/2024
    MUITO - PERFIL Perfil do músico Pedro de Rosa Morais. Ele é cantor, ator e atua na cena baiana desde os 20 anos. Na foto: Pedro de Rosa Morais Foto :Olga Leira / AG. A TARDE Data:03/09/2024 |
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    Pedro de Rosa Morais |

Se o canto era uma possibilidade distante na juventude, a dança poderia ser um caminho. "Mas logo eu descobri que o meu talento para ser dançarino era pouco porque é uma profissão que exige muito pique, concentração, dedicação, percebi que não era a minha", diz.

No fim dos anos 80, Pedro conheceu o teatro musical, formato artístico que desempenha até hoje. O grupo vocal performático Coro Devir era formado por 22 pessoas e contava com pessoas de diversas áreas. "A gente cantava por prazer, um era dançarino, o outro era biólogo, o outro arquiteto, mas a gente se juntava no teatro", conta Pedro.

Com o grupo, o baiano encenou o espetáculo musical Coro de Palhaços, de 1989 a 1992, com canções do maestro Lindemberg Cardoso. Logo, alguns integrantes do grupo formaram uma companhia de teatro infanto-juvenil independente chamada Parangolé, da qual Pedro fez parte com Sandra Simões. Ela conta que o que a aproximou do artista foi o compromisso com a arte. "Pedro é uma pessoa corajosa, positiva, generosa e cheia de talento. Trabalhar com ele faz parte da minha vida, é uma afinidade artística mesmo", declara.

Em cartaz com o espetáculo em homenagem a Caymmi, Sandra e Pedro dividem a alegria de compartilhar mais um momento juntos. "Essa é uma oportunidade muito especial para a gente, por estarmos completando 22 anos de companhia, e também porque já estamos muito ligados na forma de trabalhar, no timbre, no resultado sonoro, é um prazer, realmente", afirma a atriz e compositora.

Em 2002, a companhia Parangolé mudou de nome e virou Cia. Brasil de Teatro. "Surgiu uma banda de pagode em Salvador com o mesmo nome e aí ficou difícil de fazer divulgação", diz Pedro.

Com o grupo, que também continha no elenco outros artistas egressos do Coro Devir, o baiano encenou espetáculos como Rádio Biruta FM, vencedor do Prêmio Braskem de Teatro, em 2005, e Comadre Florzinha, Dona Onça e os cachorros fujões, que ganhou o Prêmio Funarte de Teatro Myrian Muniz, no ano seguinte.

Os espetáculos em grupo acompanharam o desejo de Pedro seguir em apresentações individuais. Em 2008, centenário da morte do sambista Cartola, o artista estreou nos palcos um tributo chamado As rosas não falam. "Foi um sucesso e eu tomei um susto, lotou, tivemos que fazer uma seção extra", conta Pedro, que logo foi convidado para abrir o show do cantor Otto, em Salvador. "Aí as portas começaram a se abrir e eu ganhei coragem de partir com meus trabalhos individuais".

Independente

Entre os projetos, o show Naquele tempo reuniu um repertório com músicas que costumavam tocar no radinho de pilha do pai de Pedro, com clássicos de Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran e Nelson Gonçalves.

O barítono que não dava as caras na infância de Pedro foi reconhecido pelo artista que, há dois anos, começou uma série de shows em homenagem a Luiz Melodia, dono de uma voz grave e marcante.

A cantora e compositora carioca Mãeana diz que "é muito fácil ser amiga de Pedro". Apresentada por uma amiga em comum, a cantora Nara Gil, Mãeana se encantou pelo trabalho do baiano e logo o convidou para cantar com ela. "Eu vi nele simplicidade e alegria, ele faz o artesanato da vida", diz. Os dois já dividiram os palcos diversas vezes, principalmente na Casa da Mãe, espaço de eventos localizado no Rio Vermelho, onde Mãeana se apresenta com regularidade.

"Foi Pedro quem me apresentou a Casa da Mãe e que me ajudou a marcar meu primeiro show nesse lugar que mudou a minha vida", diz a cantora que compartilha uma "conexão incrível" com o artista. "Pedro é um homem que tem o que dizer, é honesto num grau raro, ético, correto diante das experiências da vida, de cara eu logo vi que ele era essa pessoa, porque é muito transparente", comenta.

As experiências da vida de Pedro citadas por Mãeana foram um fator determinante na escolha do artista como protagonista do curta-metragem Pra gente acordar, da banda Gilsons. "Era para ser um clipe e acabou virando um curta, e segue ganhando praças por aí", diz Pedro. A produção venceu o Prêmio ABC do ano passado na categoria Melhor Direção de Fotografia de Videoclipe.

Raízes

O amor pelas plantas sempre caminhou paralelamente com o trabalho como artista, diz Pedro. "Eu era aquela criança que roubava mudinha de planta na igreja para o meu jardim, minha madrinha chamava as amigas dela para irem conhecer minhas plantas", lembra o baiano que se profissionalizou como jardineiro aos 17 anos.

Pedro conta que de tanto recuperar plantas quase mortas de outras pessoas, se especializou neste cuidado com cursos de jardinagem e passou a cobrar pelo serviço. Atualmente, ele é paisagista de cinema e também é quem faz a curadoria das plantas que estão no cenário do projeto de jazz Jam no MAM, em Salvador. "Às vezes, eu saio do espetáculo, chego em casa cansado, pensando que preciso relaxar, daí, a primeira coisa que eu me vejo fazendo é cuidando das plantas", conta Pedro.

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