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China tem plano para dominar o comércio mundial; saiba qual
Estratégia está sendo realizada há três anos
Por Redação

Como parte de sua estratégia para dominar o comércio global, a China está construindo um gigantesco canal de 134 km que ligará o interior do país ao mar, conectando o rio Yu ao Golfo de Tonquim, no Mar do Sul da China. A obra, batizada de Canal de Pinglu, começou em 2023 e deve ser concluída até o final de 2026.
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O projeto faz parte da chamada Nova Rota da Seda, iniciativa liderada pelo presidente Xi Jinping para ampliar a presença chinesa no comércio internacional. Quando finalizado, o canal permitirá o transporte de mercadorias de forma mais eficiente e barata, economizando até 560 km de rotas terrestres, além de aliviar o tráfego rodoviário nas regiões industriais.
O canal terá capacidade para navios de até 5 mil toneladas e será equipado com eclusas modernas capazes de vencer desníveis de até 65 metros. A estrutura foi projetada para resistir à erosão da água salgada por mais de 100 anos, reduzindo custos com manutenção.
Embora apenas 6,5 km da obra sejam novos, mais de 50 milhões de metros cúbicos de material já foram movimentados para adequar os leitos fluviais existentes. A escavação total prevista ultrapassa 339 milhões de metros cúbicos, mais de três vezes o volume da barragem das Três Gargantas.
O governo chinês também espera ganhos ambientais e operacionais, como o controle de inundações e melhorias na irrigação. No entanto, há preocupação com possíveis impactos ecológicos, especialmente sobre manguezais próximos à área das obras.
O Canal de Pinglu é apenas um entre vários projetos do país para ampliar sua malha de transporte fluvial e consolidar rotas comerciais alternativas. Outros corredores estratégicos, como os canais de Zhejiang-Jiangxi-Guangdong e o corredor de Kra, na Tailândia, também estão nos planos. Todos fazem parte de uma ampla iniciativa geopolítica para tornar a China menos dependente de gargalos logísticos como o estreito de Malaca e mais influente nos mercados da Ásia, África e Europa.
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