MUNDO
Cuba liberta o líder opositor José Daniel Ferrer
Governo cubano se comprometeu a libertar 553 prisioneiros
Por AFP
O líder da oposição cubana José Daniel Ferrer, considerado um "prisioneiro de consciência" pela Anistia Internacional, foi libertado nesta quinta-feira (16) após passar três anos e meio na prisão, anunciou sua esposa Nelva Ortega.
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"Acabamos de chegar. Graças a Deus já o temos em casa", na província de Santiago de Cuba, 900 km a leste de Havana, disse Ortega à AFP.
As libertações de prisioneiros continuaram em Cuba nesta quinta-feira (16), depois que vários manifestantes do 11-J foram libertados no dia anterior, quando a ilha foi retirada por Washington da lista de países que patrocinam o terrorismo.
Quatro prisioneiros, todos condenados por sua participação nas manifestações contra o governo de julho de 2021 (11-J), foram libertados nesta quinta-feira de uma prisão em San Miguel del Padrón, nos arredores de Havana, informaram os repórteres da AFP.
“Obrigado por terem me dado essa oportunidade de novo, outra vez na vida. É um novo começo”, disse emocionado à AFP o jovem Marlon Brando Díaz, que estava cumprindo uma pena de 18 anos por sua participação nos protestos.
Acompanhados de suas famílias, assim como Díaz, três outros prisioneiros que cumpriam penas na mesma prisão foram libertados, informou a AFP.
Na terça-feira, o governo cubano se comprometeu a libertar 553 prisioneiros em um acordo negociado com a ajuda da Igreja Católica, depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, fez um anúncio surpresa de que a ilha comunista havia sido retirada da lista sombria de países que patrocinam o terrorismo.
De acordo com a ONG Cubalex, sediada em Miami, cerca de 20 pessoas, todas participantes das manifestações de julho de 2021, as maiores na ilha desde o triunfo da revolução de 1959, foram libertadas na quarta-feira.
De acordo com os números oficiais, cerca de 500 cubanos foram condenados a até 25 anos de prisão por participarem de protestos que exigiam mais liberdades e melhorias econômicas, no entanto, as organizações de direitos humanos e a embaixada dos EUA na ilha contam até 1.000. Alguns dos condenados já foram libertados após cumprirem suas penas.
Cuba nega a existência de prisioneiros políticos e acusa os opositores de serem “mercenários” dos EUA.
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