Deputado dos EUA filho de brasileiros é acusado de gesto supremacista

Filho de imigrantes brasileiros e deputado nos Estados Unidos, George Santos, foi acusado de fazer um gesto da supremacia branca durante a votação para a escolha da presidência da Câmara dos EUA. Na ocasião, Santos, que assumiu o mandato após admitir ter inventado partes da biografia, votou em Kevin McCarthy, o vencedor da disputa.

O gesto se parece com um "ok", porém posicionado lateralmente, o gesto é conhecido por ser usado por grupos da extrema-direita. O símbolo é a junção das letras "W" e "P", que representam o "poder branco" (white power, em inglês).

Santos foi visto em uma festa de gala que teve a presença de nacionalistas brancos e teóricos da conspiração de direita, o que trouxe à tona prováveis laços com a base de Donald Trump. Ele também era próximo de políticos conservadores do Brasil. Em fevereiro de 2020, George Santos se encontrou com o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

O deputado americano é alvo também de investigações nos Estados Unidos e no Brasil, já que teria usado dois cheques que pertenciam a um idoso morto para, em 2008, comprar o equivalente a quase R$ 5 mil em roupas em uma loja na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio.

Santos, que é do partido Republicano, é o primeiro deputado que se declara abertamente gay a se eleger nos Estados Unidos.