MUNDO
Fotógrafo é atingido na cabeça em protesto contra Milei
Pablo Nahuel Grillo, 35 anos, foi alcançado por uma bala de gás lacrimogêneo
Por Redação

Um jornalista foi atingido na cabeça durante um protesto de aposentados argentinos, na quarta-feira, 12, contra cortes e vetos no direito de aposentadoria promovidos pelo presidente Javier Milei. Pablo Nahuel Grillo, 35 anos, foi alcançado por uma bala de gás lacrimogêneo disparada pela polícia.
O profissional foi socorrido por manifestantes e levado ao hospital. O pai do fotógrafo, Fabian Grillo, disse à imprensa argentina que o filho está em uma situação “muito grave” e informou que ele será operado em um hospital de Buenos Aires, capital da Argentina.
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Fabian culpou a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, e o presidente Javier Milei pela situação do filho.
“Por culpa de uma bêbada filha da puta e de um desequilibrado, que fala com um cachorro morto, a vida do meu filho está em risco. Ser militante é um orgulho. Ele também é militante, mas é fotógrafo e estava trabalhando de forma independente. Ele sempre documenta quando há esse tipo de atividade”, explicou o pai.
O chefe de Gabinete do governo Milei, Guillermo Francos, lamentou o ocorrido, chamando-o de “acidente não previsto” e “consequência lamentável” dos protestos.
“Claro que tentaremos esclarecer a situação. É verdade que esse tipo de episódio gera essas consequências, esses acidentes inesperados. A polícia não lança gás diretamente em uma pessoa, lança para que caia e provoque a dispersão dos manifestantes, para desmobilizá-los. Às vezes, pode acontecer que uma situação leve a um acidente lamentável. Espero que a pessoa ferida possa se recuperar”, destacou Francos.
As autoridades argentinas informaram que seis policiais ficaram feridos durante o protesto. De acordo com o jornal argentino Clarín, 60 pessoas foram presas durante a manifestação.
Manifestação de aposentados
Membros de torcidas organizadas da Argentina entraram em confronto com forças policiais do país durante uma manifestação de aposentados argentinos que protestavam contra cortes e vetos no direito de aposentadoria promovidos pelo presidente Javier Milei.
Barras bravas — como são conhecidos os torcedores organizados argentinos — de clubes como Boca Juniors, River Plate, Tigre, Independiente, Racing, San Lorenzo e Vélez Sarsfield participaram do ato em frente ao Congresso do país, em Buenos Aires. As manifestações têm sido realizadas regularmente às quartas-feiras, com registros de repressão policial.
Além de críticas contra o veto de Milei ao aumento de aposentadorias no país, os manifestantes cobram a recomposição dos direitos de aposentadoria, e a restituição do direito de receberem remédios gratuitos do governo.
Depois que os barra bravas anunciaram a intenção de participar dos protestos, o Ministério da Segurança da Argentina emitiu um comunicado ameaçando expulsar de eventos esportivos no país aqueles torcedores que causassem “distúrbios” no ato.
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