TESTES
Tentativas de Musk ir à Marte fracassam após explosão de foguetes
Quatro explosões da Starship foram registradas apenas em 2025
Por Redação

Elon Musk segue na busca para conseguir chegar a Marte. Mas para isso, os foguetes da empresa dele, a SpaceX, avaliada em US$ 350 bilhões, precisam parar de explodir.
Após outra falha no Texas, a empresa enfrenta desafio para lançar a missão interplanetária prevista para 2026, prazo para alcançar o planeta vermelho. Só em 2025, já foram registradas quatro explosões da Starship.
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A mais recente falha foi na última quarta-feira, 18, quando o protótipo Starship 36 explodiu durante um teste estático de solo em Boca Chica, no Texas. O veículo, que deveria passar por uma simulação de ignição, foi destruído antes de decolar.
A Reuters informou que a causa preliminar foi a falha de um tanque de nitrogênio pressurizado, que rompeu abaixo do limite de segurança, o que gerou uma reação em cadeia ao entrar em contato com os propelentes metano e oxigênio líquido usados no sistema de propulsão.
Apesar do histórico de explosões, Musk afirmou que pretende lançar uma missão não tripulada a Marte em 2026. O objetivo depende de aproveitar a chamada janela de transferência entre a Terra e Marte, um curto período que ocorre aproximadamente a cada 26 meses, quando os dois planetas estão mais próximos, a cerca de 55 milhões de quilômetros de distância. Perder essa janela significa esperar até 2028 para uma nova oportunidade, com maior custo de combustível e viagem mais demorada.
A SpaceX vai precisar resolver os desafios técnicos. O mais ambicioso deles é o reabastecimento orbital: a nave Starship vai precisar ser abastecida no espaço com propelente criogênico, metano líquido e oxigênio líquido, antes de seguir viagem rumo a Marte. O procedimento nunca foi realizado com sucesso por nenhuma agência espacial.
A Spacex disse que vão ser necessários entre 8 e 14 lançamentos adicionais de veículos-tanque Starship para transferir combustível ao Starship principal em órbita baixa da Terra. Cada tanque vai transportar 1.200 toneladas de propelente, exigindo coordenação milimétrica, estabilidade orbital e sistemas automatizados de acoplamento e transferência em microgravidade.
O sistema de reabastecimento orbital é considerado hoje o maior gargalo técnico da missão marciana, já que é inédito e exige que os propelentes sejam mantidos em temperaturas criogênicas por dias ou semanas em órbita, algo que envolve o uso de tanques superisolados e sistemas ativos de controle térmico. Existe aínda um grande risco de ebulição ou perda parcial do combustível.
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