MUNDO
Maduro faz piada sobre suposta fuga de líder opositora da Venezuela
Presidente venezuelano insiste há algumas semanas que a opositora está se preparando para deixar o país
Por AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez piada na segunda-feira sobre uma suposta fuga do país da líder opositora María Corina Machado, que está escondida após as ameaças de detenção por suas denúncias de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.
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"Ela, que fugiu do país, não contem a ninguém, ela saiu do país, minhas fontes me dizem que ela fugiu", disse Maduro, sorridente, durante seu programa de televisão, sem citar o nome da opositora.
"São covardes, são bons para enviar mensagens de ódio, de intolerância, mas se foi, chegaram as malas Gucci", acrescentou o presidente, que em seguida cantou "e partiu e seu navio chamou", frase da canção popular "Um veleiro chamado Liberdade", de José Luis Perales e Carlos Rivera.
O presidente venezuelano insiste há algumas semanas que a opositora, escondida há dois meses, está se preparando para deixar o país, assim como fez o candidato Edmundo González Urrutia, que recebeu asilo na Espanha após um mandado de prisão emitido contra ele por uma investigação relacionada às denúncias fraude nas eleições.
A AFP tentou estabelecer contato, sem sucesso até o momento, com a equipe da líder opositora.
"Eu estou onde me sinto mais útil para a luta, na Venezuela", disse Machado à AFP em uma entrevista no final de setembro.
No início de outubro, ela insistiu: "Aqui, quem vai sair é Nicolás Maduro. Eu continuo com os venezuelanos".
Maduro foi proclamado vencedor da eleição de 28 de julho com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de tendência governista, que ainda não divulgou as atas de votação detalhadas, como a lei exige, alegando que seu sistema foi alvo de um ataque cibernético.
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A oposição, liderada por Machado, reivindica a vitória de González Urrutia e publicou em um site cópias de quase 80% das atas de votação, que demonstrariam o triunfo de seu candidato. O chavismo nega a validade dos documentos.
Estados Unidos, União Europeia e vários países latino-americanos não reconheceram a reeleição de Maduro.
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