"NÃO AO MASSACRE"
Milhares de pessoas protestam contra plano de abate de cães de rua
Projeto de lei polêmico prevê o abate de cães de rua para conter sua proliferação
![Imagem ilustrativa da imagem Milhares de pessoas protestam contra plano de abate de cães de rua](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Milhares-de-pessoas-protestam-contra-plano-de-abat0127299300202406021456-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FMilhares-de-pessoas-protestam-contra-plano-de-abat0127299300202406021456.jpg%3Fxid%3D6239247%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721148293&xid=6239247)
Sob slogans como “Não se cale, diga não ao massacre”, milhares de pessoas se manifestaram neste domingo, 2, em Istambul contra um projeto de lei polêmico que prevê o abate de cães de rua para conter sua proliferação.
Os manifestantes reuniram-se na Praça Yenikapi, na parte europeia de Istambul, e alguns usavam camisetas com imagens de cães e gatos. Outros seguravam cartazes de cães com olhares de súplica em seus rostos.
Os defensores desses animais, de todas as idades e convicções políticas, se opuseram a uma iniciativa do partido governista AKP, que busca controlar uma população de quatro milhões de cães de rua em toda a Turquia, de acordo com estimativas oficiais. Em 2022, o Ministério da Agricultura disse que havia dez milhões.
Atualmente, está sendo redigida uma legislação que permitiria que eles fossem capturados em massa, esterilizados e marcados com um chip e, se não fossem adotados em 30 dias, eutanasiados.
Em vez disso, os opositores pedem campanhas reais de esterilização e denunciam a falta de meios para lidar com o problema.
“Não é bom para os animais, é uma lei assassina”, criticou Sule Giritlioglu, uma engenheira de 27 anos. “Achamos que os gatos serão o próximo alvo”, disse ela à AFP.
O presidente, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu esta semana que a Turquia tem um “problema com cães de rua que não existe em nenhum país desenvolvido” e citou um aumento nos casos de raiva.
“Temos que adotar métodos mais radicais”, insistiu o chefe de Estado, defendendo campanhas de esterilização e adoção para evitar “passar para o próximo estágio”.
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