MUNDO
‘Monstro subterrâneo’: conheça bomba dos EUA lançada no Irã
Bomba foi projetada para atingir estruturas subterrâneas
Por Redação

Em seu último ataque à três instalações nucleares iranianas, os Estados Unidos usou uma das armas mais poderosas de seu arsenal para bombardear o Irã no último sábado, 21. A bomba GBU-57, também conhecida como MOP (Massive Ordnance Penetrator), foi projetada especificamente para atingir estruturas subterrâneas e foi lançada por bombardeiros B-2, únicos capazes de transportar o peso e dimensões da bomba.
A arma bélica, GBU-57 tem mais de 13 toneladas e cerca de seis metros de comprimento, além de ser a única bomba convencional no mundo capaz de perfurar até 61 metros de rocha ou concreto antes de detonar.
Como funciona?
A ogiva é ativada somente após detectar uma cavidade subterrânea, o que permite atingir diretamente bunkers localizados em grandes profundidades. A bomba foi usada para atacar, entre outros alvos, a instalação de Fordow, ao sul de Teerã. O local funciona como uma usina de enriquecimento de urânio e é construída a cerca de 100 metros abaixo do solo, fora do alcance da maioria das armas disponíveis no arsenal israelense.
Por isso, segundo diplomatas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, solicitou a ajuda dos Estados Unidos na ofensiva contra o programa nuclear iraniano.

Planejamento do ataque
A operação mobilizou sete aviões B-2 Spirit, que partiram dos Estados Unidos em missão de 18 horas, com reabastecimento aéreo e comunicação mínima. Um segundo grupo de bombardeiros foi enviado em outra direção, para confundir o rastreamento internacional sobre o plano de ataque.
Impactos da bomba GBU-57
O desenvolvimento da GBU-57 teve início nos anos 2000. Em 2009, quando os Estados Unidos encomendaram vinte unidades à fabricante Boeing. O artefato tem uma carcaça de aço reforçado para atravessar camadas densas de solo e um detonador inteligente que permite a explosão no momento ideal, dentro do bunker.
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De acordo com o Exército americano, a operação foi bem-sucedida e causou danos significativos ao programa nuclear iraniano. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, declarou que não houve impacto sobre civis ou tropas iranianas.
Já a Agência Internacional de Energia Atômica, que monitora instalações nucleares no Irã, confirmou que ataques anteriores a locais como Natanz não causaram contaminação fora das áreas atingidas. Ainda não há confirmação oficial sobre os impactos ambientais após o uso da GBU-57 neste último ataque.

Em termos de destruição das usinas, um relatório preliminar secreto dos Estados Unidos diz que o bombardeio americano nas centrais nucleares do Irã selou as entradas de duas das instalações, mas não fez colapsar seus prédios subterrâneos, de acordo com o New York Times.
Já o relatório da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (Defense Intelligence Agency – DIA), afirmou que os ataques atrasaram o programa nuclear do Irã apenas por alguns meses, mas Trump ignorou o documento.
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