DESDOBRAMENTO
Nova suposta vítima de Diddy dá entrevista anônima pela primeira vez
Homem revelou em anonimato ter sido drogado e assediado pelo produtor musical quando prestava serviços em uma das festas do magnata
Por Redação
Um homem que foi vítima de Diddy, revelou pela primeira vez o abuso que afirma ter sofrido pelo rapper Sean “Diddy” Combs. O relato foi feito nesta terça-feira, 10, ao CNN e a vítima preferiu não se identificar devido o episódio ter causado um impacto muito traumático em sua vida.
Na conversa, o homem que apresentou a queixa contra Combs em 14 de outubro, alegou que foi drogado e assediado pelo magnata da música em uma de suas infames festas do branco que aconteciam há 20 anos atrás.
Ainda em relato anônimo diante das câmeras, o acusador disse que escondeu o segredo do suposto abuso desde 2007, até dar início ao processo civil. Ele também não havia nem contado à esposa por vergonha ao associar ao suposto crime.
“A gravidade total disso vive comigo até hoje”, disse o homem em entrevista conduzida em sua casa em Nova Jersey. “Isso afeta cada coisa que você faz pelo resto da sua vida”, complementou o homem que foi o primeiro acusador civil de Diddy a falar publicamente com a mídia.
De acordo com o processo, o homem, em 2007 era empregado de uma empresa de segurança privada, e foi convidado para trabalhar em uma das festas de Diddy, em East Hampton, Nova York.
Segundo queixa, durante a noite Combs ofereceu a ele duas bebidas alcoólicas que ele acredita terem sido misturadas com ácido gama-hidroxibutírico (GHB) e ecstasy. O homem se sentiu mal após ingerir a substância e afirma ter sido abordado por Diddy e empurrado para dentro de um veículo onde sofreu o abuso.
O homem alegou que o rapper o segurou, tentou pedir ajuda, além de buscar por danos compensatórios e punitivos para se defender, mas não conseguiu.
De acordo com a entrevista, houve inconsistências entre os relatos compartilhados por ele e a queixa original apresentada em outubro. No processo, é dito que a agressão ocorreu em 2006, não em 2007, e que a suposta vítima nunca foi casada.
Em 2006, a festa do branco de Combs foi realizada em St. Tropez, já em 2007, foi realizada em Hamptons, local citado nas alegações. Após as discrepâncias que apareceram na entrevista, os advogados do homem apresentaram uma queixa alterada ao tribunal, e trocaram esses detalhes e reconheceram os erros que foram cometidos na pressa de arquivar.
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“Eu não conseguia ficar de pé”, revelou o homem sobre supostamente ter sido drogado com duas bebidas alcoólicas adulteradas, que ele afirma que “pareceram mais 15 doses”.
Após a suposta agressão, ele disse que lutou para sair da festa devido ao efeito das supostas drogas em seu organismo. Ele relatou o que aconteceu ao seu supervisor, de acordo com seu processo. E disse à entrevista que nunca mais foi convidado a trabalhar para a empresa de segurança após o relato.
“Depois disso, ele não falou mais comigo, ele me cortou de tudo… Eu fui totalmente colocado na lista negra depois disso. Eu tive que encontrar um campo diferente”, desabafou o funcionário que não trabalha mais como segurança e terminou seu casamento por não ter suportado o trauma que acarretou negativamente também em outros relacionamentos.
No processo, ele também disse que tem lutado contra dores emocionais e problemas de saúde mental desde então.
Pela primeira vez, o homem também revelou que uma celebridade testemunhou o suposto abuso. Ele não nomeou a pessoa famosa que reconheceu, mas disse, “Houve um indivíduo de alto perfil que viu o que aconteceu e achou engraçado.”
Os representantes de Combs se recusaram a comentar as alegações. Mas na época da queixa original, em outubro de 2024, seus advogados emitiram uma nota sobre o documento e outros apresentados no mesmo dia.
“O Sr. Combs e sua equipe jurídica têm total confiança nos fatos, em suas defesas legais e na integridade do processo judicial. No tribunal, a verdade prevalecerá: que o Sr. Combs nunca abusou sexualmente de ninguém — adulto ou menor, homem ou mulher.”
A queixa foi apresentada junto com uma série de outros acusadores anônimos que são todos representados pelos advogados Tony Buzbee e Andrew Van Arsdale. Os advogados disseram que representam pelo menos 120 acusadores que planejam entrar com uma ação contra Combs. Até agora, eles entraram com 20 ações civis.
Combs está atualmente sob custódia federal enquanto aguarda julgamento por acusações de tráfico sexual e conspiração para extorsão. Ele se declarou inocente e negou todas as alegações de irregularidades em cerca de 30 processos civis que foram movidos contra ele no ano passado.
Vários dos processos incluem alegações de acusadores, que escolheram entrar com processos com pseudônimos.
Sobre sua decisão de permanecer anônimo, a suposta vítima disse: “Eu tenho uma aparência de vida, uma vida muito tranquila. Eu preferiria que o pouco que resta dela fosse deixado em paz.” “Nada poderia me devolver a pessoa que eu era antes daquela noite”, concluiu.
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