TERRORISMO
ONU cobra investigação e punição dos criminosos dos atos em Brasília
Dirigente da entidade comentou sobre políticos que incentivam o ódio e compartilham fake news para desinformar
Por Da Redação
Volker Türk, alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos pediu através de um comunicado emitido nesta segunda-feira, 09, que o Brasil "conduza investigações rápidas, imparciais, eficazes e transparentes sobre a violência de domingo e responsabilizem os envolvidos".
Türk, disse que as cenas das invasões "de simpatizantes do ex-presidente (Jair Bolsonaro)" foram "chocantes". "Condeno com veemência este atentado ao coração da democracia brasileira", afirmou.
O comissário questionou as ações de políticos que incentivam o ódio e o uso da desinformação, as chamadas fake news.
De acordo com Volker os atos deste domingo foi "o desdobramento final da distorção continuada dos fatos e da incitação à violência e ao ódio por parte de atores políticos, sociais e econômicos que têm fomentado uma atmosfera de desconfiança, divisão e destruição ao rejeitar o resultado de eleições democráticas. Aceitar o resultado de eleições livres, justas e transparentes está no centro dos princípios democráticos fundamentais. Alegações infundadas de fraude eleitoral minam o direito à participação política. A desinformação e a manipulação precisam parar". disse.
"Exorto as lideranças de todo o espectro político do Brasil a colaborarem umas com as outras para restaurar a confiança nas instituições democráticas e promover o diálogo e a participação pública", solicitou no comunicado.
A ONU ainda pontou que ao menos oito profissionais da imprensa foram agredidos ou tiveram seus equipamentos destruídos, "impossibilitados de cumprir sua função essencial de informar os brasileiros e o mundo sobre o que estava acontecendo".
"Estes últimos ataques confirmam uma tendência de aumento das agressões físicas contra jornalistas num contexto de elevados níveis de violência política", disse.
Türk ainda disse que seu escritório está "pronto para apoiar o novo governo a tratar das questões de direitos humanos que o Brasil enfrenta".
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