BOLSO CHEIO
Presidente aumenta salário mínimo para quase R$ 3 mil
Anúncio foi feito na noite de segunda-feira, 29

Por Yuri Abreu

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou na noite de segunda-feira, 29, um aumento de 23,8% no salário mínimo. O reajuste é superior aos 16% pedidos pelos sindicatos do país e considerado o maior século até então.
O chamado "salário vital" por Petro equivale a cerca de 533 dólares — ou 2.969 reais. “O salário mínimo, ou a renda familiar digna, não é individual, porque os trabalhadores geralmente não moram sozinhos”, disse o presidente em pronunciamento, feito ao lado do ministro do Trabalho, Antonio Sanguino.
Antes deste aumento, Petro havia feito outros três reajustes desde o iniciou do seu governo: 13% (2022), 9% (2023) e 5% (2024). Com este último, de 23%, o custo mensal por trabalhador será de 3 milhões de pesos, de acordo com a Federação Nacional de Comerciantes e Empresários (Fenalco).
Reações e críticas
Entidades e políticos que fazem oposição a Petro na Colômbia se manifestaram de forma contundente contra o anúncio feito pelo político de esquerda.
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A Associação Nacional de Empresários (Andi) disse que o aumento “gera riscos significativos para as famílias colombianas e para a economia, especialmente em relação à inflação e aos preços de diversos bens e serviços, ao emprego e até mesmo às finanças públicas”.
Já o ex-presidente do país, Ivan Duque, do segmento da direita, escreveu em mensagem no X (antigo Twitter), que a estratégia adotada por Petro é a mesma de outros ex-presidentes de países sul-americanos, citando como exemplos Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).
"Aumentar excessivamente o salário mínimo, aliado a um crescimento econômico medíocre, é um ato irresponsável que levará à perda de empregos formais, à falência de milhares de empresas e causará efeitos inflacionários", iniciou Duque.
"Eles se autodenominam ‘progressistas’, mas na verdade empobrecem a população porque afugentam investimentos, destroem os criadores de empregos e enchem a sociedade de trabalhadores informais", completou.
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