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Senado argentino rejeita megadecreto assinado por Milei

Ainda em vigor, proposta segue para votação na Câmara dos Deputados

Publicado sexta-feira, 15 de março de 2024 às 08:36 h | Autor: Da Redação
DNU teve 42 votos negativos e 25 a favor, além de quatro abstenções
DNU teve 42 votos negativos e 25 a favor, além de quatro abstenções -

O Senado da Argentina rejeitou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), nesta sexta-feira, 15. O documento foi assinado em dezembro do ano passado pelo presidente Javier Milei, que tem o objetivo de desregulamentar a economia do país.

O megadecreto recebeu 42 votos negativos e 25 a favor, além de quatro abstenções. Agora, ele segue para votação na Câmara dos Deputados e por enquanto continua em vigor.

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O DNU é uma ordem de urgência que o presidente pode emitir em ocasiões específicas. Ele foi assinado por Milei com o objetivo de reconstruir a economia do país, que tem sofrido bastante nos últimos anos.

As ambiciosas reformas desejadas por Milei enfrentam resistência de grande parte da oposição, tanto no Congresso do país, quanto entre os governadores. Depois de ser rejeitado pelos senadores, o projeto também deverá enfrentar dificuldades na Câmara, já que o governo também não tem maioria.

Em postagem na rede social X, antigo Twitter, Milei chamou os parlamentares que votaram contra o pacote de "traidores da pátria". A decisão também provocou reação da ministra da segurança, Patricia Bullrich, que criticou a "resistência à mudança e a defesa dos privilégios".

Para o ministro da Economia, Luis Caputo, "ir contra o DNU é ir contra o voto do povo argentino, os 56% que querem a mudança". "Os mesmos de sempre não querem perder os privilégios de sempre."

O porta-voz do presidente Milei, Manuel Adorni, disse que se o decreto não for aceito na Câmara, o governo possui um "plano B e um plano C" para tentar resolver a situação econômica da Argentina.

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