MUNDO
Terremotos provocam fuga em massa da ilha grega de Santorini
Mais de 200 tremores foram registrados no arquipélago das Cíclades, no Mar Egeu
Por Redação
Centenas de pessoas deixaram a famosa ilha grega de Santorini nesta terça-feira, 4, pelo terceiro dia seguido, após uma série de tremores de terra abalarem a cidade turística desde o domingo. Apesar do medo de uma catástrofe iminente, autoridades dizem que não há razão para pânico.
Mais de 200 tremores foram registrados no arquipélago das Cíclades, no Mar Egeu, região que já foi atingida por um terremoto de 7,5 graus na escala Richter em 1956, que matou cerca de 50 pessoas e provocou um tsunami.
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O mais forte dos tremores chegou à magnitude 4,9 na segunda-feira e seu epicentro foi localizado entre Santorini e a ilha de Anafi, de acordo com o Instituto Geodinâmico do Observatório Nacional de Atenas. Cerca de 6 mil pessoas já deixaram a ilha, conhecida por suas vistas espetaculares de penhascos e um vulcão adormecido, que tem 15,5 mil moradores. O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu na segunda-feira que os moradores mantivessem a calma.
De acordo com o Instituto de Geodinâmica de Atenas, somente nos últimos três dias foram registrados na região cerca de 550 terremotos moderados, com magnitudes entre 3 e 4,9. O cálculo não considera os inúmeros abalos menores.
Outro terremoto com magnitude 4,9 atingiu o local na manhã de desta terça em meio a outros tremores menores. Nenhum ferimento ou dano foi relatado em Santorini e nas ilhas vizinhas de Anafi, Ios e Amorgos, que também foram afetadas pela atividade sísmica.
Especialistas admitem que nunca experimentaram algo semelhante antes e não podem dar uma estimativa precisa de quanto tempo isso vai durar.
"Esta é a primeira vez que isso está acontecendo, nunca vimos isso antes", disse Athanassios Ganas, diretor de pesquisa do instituto de geodinâmica do observatório nacional, à TV estatal ERT, acrescentando que a área foi atingida por mais de 40 terremotos com magnitude acima de 4,0 nas últimas 72 horas.
Santorini fica no topo de um vulcão que entrou em erupção pela última vez em 1950. No entanto, um comitê de especialistas disse, na segunda-feira, 3, que o fenômeno atual "não estava ligado à atividade vulcânica".
De acordo com a guarda costeira grega, mais de 4,6 mil pessoas deixaram a ilha de balsa desde domingo, 2. A principal companhia aérea do país, a Aegean Airlines, disse que transportou quase 1,3 mil pessoas de Santorini na segunda-feira, com outros oito voos capazes de transportar 1,4 mil passageiros programados para terça-feira.
Como medida de precaução, autoridades enviaram equipes de resgate para Santorini e três ilhas próximas, além de ordenarem o fechamento de escolas até sexta-feira, 7. Nos hotéis e nas casas, a orientação foi de esvaziar as piscinas, pois grandes volumes de água podem desestabilizar os edifícios no caso de um grande terremoto.
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