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MUNDO

Uma mulher é assassinada por parceiro ou parente a cada 10 minutos, aponta ONU

Dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25

Por AFP

25/11/2024 - 6:35 h
Mulher com a mão no rosto. Foto ilustrativa.
Mulher com a mão no rosto. Foto ilustrativa. -

Ao menos 85.000 mulheres adultas e jovens foram assassinadas de forma intencional no mundo em 2023, segundo os números publicados nesta segunda-feira, 25, pela ONU, "um nível alarmante" de mortes que poderiam ter sido "evitadas".

"O lar continua sendo o lugar mais perigoso para as mulheres, 60% delas foram vítimas de seus cônjuges ou outros membros da família", afirma o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e da ONU Mulheres.

Leia mais:
>> Mulher é morta com golpes de facão na frente dos filhos em Salvador
>> Justiça condena homem que tentou matar a ex
>> No G20, Lula chama ONU de “omissa” e fala sobre mudanças no mundo

Os números significam 140 mortes por dia ou uma a cada 10 minutos. Um fenômeno "que atravessa fronteiras e afeta todas as classes sociais e faixas etárias", com o Caribe, a América Central e a África como as regiões mais afetadas, à frente da Ásia.

Nas Américas e na Europa, os feminicídios são cometidos majoritariamente pelo parceiro, enquanto no resto do mundo outros membros da família são os mais envolvidos nos crimes.

Muitas vítimas relataram que sofreram violência física, sexual ou psicológica antes de morrer, segundo dados disponíveis em alguns países.

"Isto sugere que muitas mortes poderiam ter sido evitadas", afirma o estudo, por exemplo, com "ordens judiciais".

Nas regiões onde é possível estabelecer uma tendência, a taxa de feminicídios estagnou ou diminuiu levemente desde 2010, o que demonstra que esta forma de violência "está enraizada nas práticas e normas" e é difícil de erradicar, aponta a ONUDC, que analisou os números de 107 países.

Apesar dos esforços em vários países, "os feminicídios permanecem em um nível alarmante", apontam os autores.

"Mas não é inevitável", segundo a diretora da ONU Mulheres, Sima Bahous, citada em um comunicado, que pede aos países que reforcem a legislação e melhorem a coleta de dados.

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Tags:

feminicídio mulheres mundo Onu

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