CRIME ELEITORAL
Ação acusa ex-prefeito de Santo Amaro de promover campanha em escola
Ricardo Machado (PT) teria gravado vídeos pedindo que servidores apoiassem candidato aliado
Por Rodrigo Tardio
Uma ação foi ajuizada contra a coligação "Por Amor a Santo Amaro" pela utilização indevida de bens e serviços públicos vinculados ao Executivo Municipal e Governo Federal. O documento aponta que os investigados integram o mesmo grupo político de Santo Amaro, sendo liderado pelo ex-prefeito Ricardo Machado (PT) e pela esposo e atual Prefeita Alessandra Gomes (PSD), a qual encerra o segundo mandato no final do ano.
Ricardo Machado é acusado na ação de ter invadido uma escola pública no último dia 15 deste mês e realizado propaganda eleitoral em apoio ao candidato José Leonardo Pimentel Júnior, conhecido como Leozinho (PT), também citado no pedido de investigação.
A autora da ação foi a coligação “Santo Amaro União e Reconstrução”, integrada pelos partidos União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, Democracia Cristâ (DC), PRD, PMB e PMN.
Ricardo Machado teria participado de reuniões e eventos com servidores efetivos e terceirizados da Prefeitura, os quais estariam sendo constrangidos para que apoiassem aos candidatos recomendados pela atual gestão.
"De outro lado, os investigados estão utilizando, de forma escancarada de bens e serviços públicos com o intuito de obter êxito na campanha eleitoral para o pleito que se aproxima, em flagrante abuso do poder político, fazendo associação direta entre a candidatura dos Investigados e a Administração Pública, como se fossem uma coisa só", diz trecho do documento.
Ainda de acordo com a ação, o ato da atual gestão se configura como abuso do poder político e desequilíbrio do pleito e prática de improbidade administrativa.
O documento pede a proibição da realização de reuniões políticas com servidores e/ou terceirizados durante o expediente municipal; bem como a utilização de recursos públicos e da máquina administrativa do Município de Santo Amaro para promover a campanha dos candidatos investigados apoiado pela atual gestão, especialmente por meio da divulgação de obras públicas até o final da eleição.
Outro pedido é a retirada imediata em 24 horas de todo material de divulgação relacionado às obras públicas promovidas pelos investigados ou pelo Município nas redes sociais, mídia impressa ou qualquer outro meio de comunicação que se vincule o número e nome dos candidatos Investigados.
Em caso de descumprimento da ordem judicial foi fixada uma multa diária de R$ 10 mil reais, o que pode levar até a cassação dos registros dos candidatos investigados, bem como a decretação de inelegibilidade dos agentes públicos.
A reportagem procurou a Prefeitura de Santo Amaro e ainda aguarda resposta aos questionamentos.
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