Professores de Dias d´Ávila protestam contra corte de salários

Professores da rede pública de Dias d´Ávila organizaram um protesto na manhã desta terça-feira, 6, na entrada da cidade, contra o descaso da Prefeitura Municipal com a educação. A categoria está mobilizada há mais de dois meses, com paralisações e turnos de aula reduzidos e a única resposta que recebeu até agora foi a ameaça de corte de salários.

A APLB, núcleo Dias d´Ávila, cobra a aprovação do plano de carreira dos professores, que está desde maio de 2023 na Câmara Municipal aguardando votação. Além disso, os docentes exigem o envio da lei para o pagamento dos precatórios do Fundef, valores a que não tiveram acesso até hoje.

R$ 0,46

O principal motivo de indignação, no entanto, é a lei aprovada no primeiro semestre, que estabelece um acréscimo de R$ 0,46 na base da carreira, composta pro professores sem licenciatura. A Prefeitura argumenta que há apenas dois profissionais nesta faixa, remanescentes de longa data, mas a categoria rebate.

Segundo os professores, a 'atualização' proposta para os educadores sem licenciatura impacta no cálculo das demais faixas salariais, chegando ao cúmulo de um aumento de R$ 107 para um professor com mestrado. Vale destacar que em todo o mandato, o prefeito Alberto Castro não concedeu nenhum reajuste aos professores,

Diante da falta de diálogo, a APLB pede a revogação da já famosa 'lei dos 46 centavos' para voltar a discutir a questão na próxima legislatura. As mobilizações estão mantidas e, em represália, a secretária de educação, Jeane Cruz, que já proibiu a realização de assembleia nas escolas, contrariando o estatuto da categoria aprovado pela Câmara, deteminou corte de salários e auxílios de alimentação e transporte dos professores que aderirem às paralisações.