DESASSISTIDA
Vereadora cobra transporte para paciente de hemodiálise
Hospital de Mata de São João orientou que a mulher deixasse a unidade para não morrer
Por Alan Rodrigues

A vereadora Kennya Potência (PC do B) denunciou, na sessão do último dia 4, na Câmara de Mata de São João, o descaso do município com uma mulher, diagnosticada com insuficiência renal.
A paciente, de 33 anos, tem 5 filhos e não quer ser identificada. Ela depende de transporte para realizara hemodiálise, uma vez que o hospital Eurido Freitas, em Mata de São João, não dispõe der suporte para o seu caso.
O Portal A TARDE conversou com a irmã da paciente, que acompanhou toda a sua peregrinação em busca de atendimento. Moradora de Imbassaí, no início de junho, ela deu entrada na UPA de Praia do Forte com pressão 25x20.
De lá, foi transferida para o hospital Eurico Freitas, na sede de Mata de São João, onde permaneceu internada. Após os exames os médicos informaram que ela estava aguardando regulação.
Risco de AVC
A paciente estava com suspeita de insuficiência renal e, como a pressão não baixava, o médico responsável pelo atendimento orientou a família para que a retirasse o mais rápido possível da unidade.
"Ele disse que o hospital não tem UTI e que não estava faltando nada para minha irmã ter um AVC (acidente vascular cerebral)", disse a irmã que atendeu a reportagem. Surgiu, então, uma vaga no hospital geral de Alagoinhas, o Dantas Bião, para onde a mulher foi transferida.
Leia Também:
Foi constatada a para dos rins e ela iniciou a hemodiálise. O hospital condicionou a alta à vinculação da paciente a uma clínica onde ela pudesse continuar realizando a filtragem do sangue. Serm vaga em Camaçari e Lauro de Freitas, ela conseguiu cadastro na Hemovida, em Alagoinhas, utilizando um comprovante de endereço emprestado.
Vaquinha
Para se deslocar até Alagoinhas, no entanto, ela precisaria de ajuda no transporte. Como mora no litoral, não poderia utilizar o Transporte Fora do Domicílio (TFD) disponibilizado pela Prefeitura, que ofereceu R$ 200 por mês para custear o deslocamento.
Na localidade não há linhas de transporte público para Alagoinhas e uma corrida de aplicativo custa exatamente o valor disponibilizado para todo o mês. A paciente realizou uma vaquinha para não perder a vaga, enquanto aguarda transferência para um município mais próximo.
A secretária de saúde de Mata de São João, Tatiane Rebouças, alegou que por ter apresentado comprovante de residência em outro município a paciente não poderia ter diárias pagas pelo município. Ela se comprometeu a viabilizar uma transferência para uma clínica em Camaçari.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes