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ATRAÇÃO INTERNACIONAL

Tim Owens faz show em Salvador ao lado de bandas baianas

Ex-estrela da banda Judas Priest irá se apresentar na 16ª edição do festival BigBands

Por Chico Castro Jr.

04/06/2025 - 9:00 h
Tim Ripper Owens é norte-americano natural de Akron, Ohio
Tim Ripper Owens é norte-americano natural de Akron, Ohio -

Eles podem ser “feios”, eles podem fazer cara de mau, eles podem parecer esquisitos – mas não tenha medo, eles não estão nem aí para você ou para qualquer um de nós. Tudo o que as bandas e artistas da 16ª edição do festival BigBands querem é fazer seu som em paz e se encontrar com seu fiel público. E neste ano, o produtor Rogério “BigBross” Brito caprichou, abrindo o primeiro dia do BB com uma estrela internacional do heavy metal.

Trata-se de Tim “Ripper” Owens, norte-americano natural de Akron, Ohio (mesma cidade que presenteou o mundo com Chrissie Hynde dos Pretenders e a banda The Black Keys), hoje aos 57 anos, e que, em 1996, teve a manha de substituir “Deus” – ou seja, Rob Halford, o insubstituível “Deus do Metal”, cantor da banda britânica Judas Priest.

Owens, que se apresenta em Salvador nesta sexta-feira, na Green House, com as locais Electric Poison e Estrada Perdida, ficou no Judas de 1996 a 2003, quando foi demitido após Halford reivindicar seu lugar de direito de volta. No Priest, Owens gravou dois álbuns – Jugulator (1997) e Demolition (2001) –, razoavelmente bem recebidos por fãs e crítica especializada. Muito por causa de sua garganta super privilegiada (e nem tinha como ser diferente, para substituir um monstro da voz como Rob Halford) e presença de palco desembaraçada e cheia de atitude (com o perdão pela má palavra).

A curiosa passagem de Owens pelo Judas Priest inspirou um divertido filme hollywoodiano, Rock Star (2001), com Mark Wahlberg (como o personagem de Owens) e Jennifer Aniston. Só não fale bem desse filme perto de Owens, que ele não é muito fã.

“(O filme) Realmente não teve efeito algum (em minha carreira). Quer dizer, eles basearam vagamente um filme em mim, com músicas ruins e uma história basicamente boba! Quer dizer, se fosse uma história real e o Judas Priest tivesse continuado envolvido, acho que teria sido muito melhor”, afirma Owens em entrevista ao A TARDE.

Em longa turnê de 11 datas pelo Brasil, indo da região Sul ao Nordeste, Owens vai cantar no show – claro – hits do Judas, da carreira solo e dos diversos projetos em que esteve envolvido. “Sim, já são 30 anos de carreira e muitas bandas, projetos e músicas. Este é um repertório muito bom. Algumas das minhas músicas do Judas Priest e alguns clássicos, e também do Priest (fase Halford), (da banda) Beyond Fear, do KK’s Priest (projeto solo de KK Downing, guitarrista do JP), além de algumas outras músicas. É um repertório divertido e desafiador”, detalha Tim.

Apesar de ser a primeira vez dele em Salvador, Tim Owens se apresenta periodicamente no Brasil há vários anos. Tanto que já tem uma banda brasileira pronta para acompanha-lo em suas incursões brasucas. “Toco por aqui solo há mais de 15 anos e adoro, fiz muitos fãs e amigos incríveis ao longo do caminho. Minha banda brasileira é incrível e é um verdadeiro prazer tocar com Fabio Carito (baixo), Marcus Dotta (bateria), Bruno Luiz e Wander Cunha (guitarras)”.

Dono de garganta versátil, capaz de cantar em tons tanto muito altos quanto muito baixos, Tim conta que cuida muito bem do seu instrumento de trabalho: “Sim, fiz muito coral e tudo mais! Tive sorte de nascer com uma voz! Trabalhei duro para isso e ainda trabalho. Só espero poder subir lá todos os dias e cantar”, conclui.

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Datas e locais diversos

Pastel de Miolos
Pastel de Miolos | Foto: Divulgação

Mas nem só do ex-Judas Priest vive o festival BigBands 2025. Em primeiro lugar, é bom explicar que o BB não tem uma estrutura bonitinha, com os shows todos acontecendo no mesmo lugar durante alguns dias em sequência. Batalhador, Rogério Big realiza o BB nas datas que consegue agendar, com as bandas que consegue arregimentar, nos locais que consegue bancar – já que faz tudo sem apoio, seja estatal ou privado.

De forma que, depois desta noite de sexta com Tim Owens, Estrada Perdida e Electric Poison, a próxima data do festival só acontece quase dois meses depois, no dia 26 de julho, com as bandas Podridão (SP), Velho (RJ) e a local Bozokill, na Discodelia Pub & Records (Rio Vermelho, ingressos à venda na 101tickets.com.br).

A data seguinte é 2 de agosto, com shows acontecendo simultaneamente em Salvador – com Mystifier e Eternal Sacrifice, novamente na Green House (ingressos no Sympla) – e na cidade de Dias D’Ávila, numa parceria com o coletivo Quintal do Rock, apresentando as bandas Pastel de Miolos e Búfalos Vermelhos & A Orquestra de Elefantes.

O BigBands 2025 se encerra em 6 de setembro, no Espaço Dona Neuza, no Marback, com show do residente Irmão Carlos Psicofunk e outras atrações ainda não confirmadas. “O BB é feito realmente sem nenhum apoio, o que dá total liberdade, não temos que nos curvar a regras de editais, de patrocinadores, pedidos de indicação de artistas para tocar, nada. É um festival 100% livre”, delimita Rogério Big.

Não que Big seja alérgico à apoios ou patrocínios – inclusive, duas edições anteriores (2009 e 2012) contaram com apoios. O que falta é realmente interesse da parte de quem tem a caneta ou a chave do cofre. “Hoje você tem grandes festivais como o Radioca, o Sangue Novo, o Afropunk, e tantos outros acontecendo, basicamente com o mesmo perfil da nova música brasileira. Poucos ou nenhum deles abre espaço para o heavy metal baiano, para o hardcore baiano, para o rock pesado autoral baiano”, nota Big.

“O festival BigBands, hoje, junto com o Palco do Rock (no Carnaval) talvez sejam os dois festivais com continuidade no estado que se dedicam a esse tipo de música”, reivindica.

Para Big, esse cenário é uma contradição, já que, esses gêneros que ele privilegia em seus eventos também são “música baiana”. “Toda música feita na Bahia é música baiana. O heavy metal produzido na Bahia é música baiana. O punk rock produzido na Bahia é música baiana. Quando gestores culturais – do município e do estado – perceberem isso, talvez um festival como o BigBands tenha outra cara”, observa Big.

Legitimidade analógica

Imagem ilustrativa da imagem Tim Owens faz show em Salvador ao lado de bandas baianas
| Foto: Divulgação

Veteranos do heavy metal baiano com álbuns lançados no exterior e turnês pela Europa, a banda Mystifier, liderada por Armando “Beelzeebubth” acredita que a permanência de bandas como a dele se deve à legitimidade de quem veio do pré-digital: “O público internacional tem venerado muitas bandas, assim como a nossa, que vieram do final dos anos 1980 e início dos anos 90 (era analógica). O público suplicou por algo mais ‘raw’ (cru), frente a um mercado digital, onde muitas bandas se assemelham e não conseguem se firmar”, observa Armando.

Na Green House, a banda, que pratica um black metal de primeira hora e tem muitos fãs, vai apresentar músicas clássicas e novas composições. “Devemos apresentar alguma surpresa, como a participação de ex-integrantes do grupo ou algo sobrenatural, terrificante”, diverte-se Armando.

“Essa sempre foi/é nossa essência, né?! Para quem já acompanha o Mystifier, será mais uma apresentação monumental. Mas, para os novos adeptos e agregados, nossa postura e performance no palco, poderá parecer paranormal”, avisa. E como se sabe, “quem avisa, amigo é”.

Bigbands 2025 / Sexta-feira (06), 18h: Tim “Ripper” Owens, Electric Poison e Estrada Perdida / Green House (Rio Vermelho) / R$ 90 e R$ 100 / Vendas: Sympla / Confira toda a programação dos outros dias do BigBands no perfil instagram.com/bigbrossprodutora

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