CPI DA COVID
CPI vai ao STF detalhar crimes de investigados em réplica a Aras
Augusto Aras sinalizou a possibilidade de sugerir o arquivamento do relatório final da CPI
A cúpula da ex-Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, enviou documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 17, detalhando os crimes que teriam sido cometidos pelos investigados que tiveram o indiciamento recomendado no relatório do colegiado. A informação foi antecipada pelo portal UOL e confirmada pelo Metrópoles.
O documento é uma ferramenta de pressão do ex-presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), do ex-vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do relator Renan Calheiros (MDB-AL) em resposta ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
Recentemente, o PGR sinalizou a possibilidade de sugerir o arquivamento do relatório por, segundo ele, não ter apresentado provas passíveis de acusação. Em entrevista à CNN Brasil, Aras disse ter recebido “um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas”.
A fala irritou a cúpula da comissão, que reagiu contra o PGR. Pelas redes sociais, Randolfe chegou a dizer que Aras “não atua em defesa do interesse público” e prometeu procurar “outros meios para que ele pegue no trabalho”.
O relator, por sua vez, afirmou que o PGR adotou manobras para “comprar tempo” e evitar uma eventual responsabilização penal ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que é um dos indiciados no relatório da CPI.
“Na sua estratégia de ‘comprar tempo’, a PGR pediu para a CPI da Covid individualizar provas, como se centenas delas já não fossem suficientes. Nesse ritmo, só falta a PGR pedir, e não estranhem se isso acontecer, a exumação de 640 mil vítimas do descaso de Bolsonaro”, publicou.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro