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Prontuário de atendimento de Klara é negado pelo Hospital Brasil
Em nota, o hospital em que a atriz ficou internada afirmou que será aberta uma sindicância interna para averiguar a denúncia feita pela atriz
Nesta segunda-feira, 4, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo disse que teve o prontuário de atendimento da atriz Klara Castanho negado pelo Hospital Brasil sob a alegação de necessidade de autorização prévia da paciente, seguindo o esperado em resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Código de Ética dos profissionais de Enfermagem.
Acusada de vazar informações pessoais da atriz Klara Castanho, de 21 anos, o Coren-SP esteve na última segunda-feira, 27, na unidade de saúde. Na noite de sábado, 25, Klara escreveu uma carta aberta repudiando o vazamento da história. O caso vem sendo investigado pelo Ministério Público.
Caso seja da vontade da atriz, o Coren-SP se colocou à disposição para orientação quanto aos procedimentos para o encaminhamento de apuração da conduta dos profissionais de enfermagem que a tenham atendido ou de autorização para acesso ao prontuário.
O Conselho Federal e o Regional de Enfermagem investigam a denúncia da atriz de que uma enfermeira a teria abordado e ameaçado divulgar para a imprensa as informações sobre a entrega para adoção de bebê fruto de um estupro.
Em nota, o hospital em que a atriz ficou internada afirmou que será aberta uma sindicância interna para averiguar a denúncia feita pela atriz.
O Coren-SP reafirmou, em nota, o seu compromisso e preocupação com a ética, que também é um instrumento de trabalho da enfermagem, ao mesmo tempo em que o dever de cumprir as previsões legais vigentes para evitar quaisquer outros prejuízos à vítima ou à devida administração de apuração dos fatos.
Apuração
A presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Betânia Maria dos Santos, disse na segunda-feira, 27, à GloboNews que a enfermeira responsável por ameaçar Klara e vazar os dados pessoais da artistas poderá perder o registro profissional.
Em um comunicado no domingo, 26, o Cofen manifestou “profunda solidariedade à atriz Klara Castanho, que, após ser vítima de violência sexual, teve o seu direito à privacidade violado, durante processo de entrega voluntária para adoção, conforme assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.
Diante dos fatos, informou também que determinou a apuração da ocorrência e “tomará todas as providências que lhe couber para a identificação dos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas pertinentes ao caso”.
“Casos assim devem ser rigorosamente punidos, para que não mais se repitam. Da mesma forma, devem ser execrados comunicadores que deturpam a função social do jornalismo para destruir a vida das pessoas. Vida privada não é assunto público", disse o Cofen.
No domingo, 26, em um texto divulgado, o Hospital Brasil diz que “tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para a apuração desse fato”.
