OPINIÃO
Descontrole nas estradas
O fim de ano, época de festas, é período apropriado para dedicar atenção ao comportamento nas rodovias

Por Redação

O fim de ano se aproxima, trazendo as “boas festas” e o aumento do desejo por pegar a estrada. Uma época apropriada para dedicar atenção ao comportamento nas rodovias.
A Fundação Dom Cabral provocou os motoristas e gestores de trânsito com dados relevantes para quem preserva o hábito humano de pensar. A Bahia é sétimo lugar em acidentes, com 2.892, e perde apenas para Minas Gerais no indesejado certame de número total de óbitos, com 508.
Segundo estatística publicada na edição de ontem d’A TARDE, no recorte temporal entre 2021 e 2024, os acidentes em rodovias aumentaram 23,6% e os óbitos, 37,6%. Os trechos urbanos e o veículo motocicleta aparecem na maior parte dos relatos sobre colisões, abalroamentos e atropelos.
Às autoridades e instrutores cabe contribuir com o esforço para controlar os efeitos de um transporte marcado pelo individualismo. Prevalece a liberdade de cada condutor e condutora cuidarem de si e seus veículos a fim de chegarem bem a seus destinos.
Neste viés, surge como maior adversário a acrasia: condição de quem, mesmo sabendo a escolha mais segura, delibera por fazer o contrário, arriscando a própria vida e a de outrem. São várias as situações nas quais a pessoa ao volante decide por ações de perigo, apesar de ter plena consciência do erro.
Excesso de velocidade: o motorista põe o pé na tábua, mesmo sabendo da redução do tempo de reação, além de maior gravidade nas colisões. Ultrapassagem irregular: o motorista ignora o aviso de linhas cheias ou tracejadas e investe em deixar o próximo veículo para trás, expondo-se a uma batida frontal contra quem vem em direção oposta. Distração ao celular: a postagem não pode esperar até o posto; consumo de álcool: o artificial excesso de confiança incentiva todos os erros anteriores.
Há várias outras situações particulares, nas quais quem está ao volante erra por “acrasia”, restando investigar, cada um por sua conta e mantendo o devido sigilo, por que mesmo sabendo do risco, prefere dirigir perigosamente.
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