OPINIÃO
Editorial - O jornalismo e a Infodemia
Confira o editorial do Grupo A TARDE desta quinta-feira
Por Da Redação
O Comitê Gestor da Internet no Brasil aposta no aperfeiçoamento profissional do jornalista como caminho possível de combate à disseminação da mentira, uma vez ser condição necessária, para exercer o ofício, o amor à verdade.
É orgânica ao trabalho jornalístico a tentativa de narrar os fatos com a maior fidedignidade, representando por palavras, imagens e meios recentes de vídeo, áudio e postagens em redes sociais; no entanto, há vazamentos de valores.
Em consulta aberta, foram três meses e mais de 1.300 contribuições de internautas e gestores de organizações governamentais, além de empresas e projetos voltados para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Infodemia é como passou a ser chamado o excesso de informação não confiável, maligno conjunto de efeitos da atuação de grupos adeptos da anticiência, desacreditando a eficácia de vacinas, como um dos piores danos, entre outros.
Continuam a escapar os males da jarra da Pandora contemporânea, hoje na figura tentacular de plataformas controlando seguidores, ao promover a coleta e análise massiva de dados e a segmentação dos públicos em nichos-alvo.
Outra tática perniciosa é a regência mental das inclinações de consumo, graças ao uso ilimitado de “algoritmos”, mecanismo capaz de multiplicar o engajamento em determinados temas, gerando anúncios publicitários certeiros.
Toda esta engrenagem amplia o retorno financeiro para investidores, pois não se tem mais o pleno poder de escolha, quando as publicações são previamente selecionadas pelo Octopus planetário.
Um possível desdobramento da preferência por meios digitais é a mutação do perfil de sociabilidade dos comunicadores, quando se perde o hábito de verificar a notícia por cânones da atualidade, interesse, importância e inusitado.
Enquanto esta metamorfose ocorre, o Congresso retorna ao berço esplêndido sem votar o Projeto de Lei 2.620/2020, conhecido como PL das “Fake News”, como se apoiasse uma parte significativa do Parlamento, o Reino da Má Fé.
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