EDITORIAL
Tempo de ser criança
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
Criança feliz a sonhar é o tipo ideal proposto hoje, Dia Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, unindo organizações diversas buscando refletir sobre métodos de mandar a turminha para dizer “presente” na escola.
Não fosse a obviedade de tratar mal o próprio futuro, ou seja, não há combinação ética possível com a precocidade laboral, há o peso da consciência, quando a moralidade fracassa e o indivíduo adulto escolhe errado.
Nesta hipótese, falseável e provisória, portanto respaldada nas ciências ditas “humanas”, é preciso apelar para as leis, pois é considerada criminosa a atividade de afastar o alunado de seus professores, por motivo de fazer renda.
Haverá quem defenda o absurdo, alegando condições materiais dos populares, pois a sensação de vácuo no estômago vem da falta de nutrientes, então, o jeito é acionar a prole, origem da expressão “proletariado” na lição de classe.
Outro bruto invocará como “didática” a prestação de serviços em feiras livres e lavagem de carros, ou outra atividade possível de render “uns trocados”, pois assim, segundo mentes distorcidas, se aprenderia bem cedo a lutar pela vida.
Para desfavorecer o contexto rumo à libertação, é preciso verificar a pouca idade histórica da invenção da infância, por Jean Jacques Rousseau, em “O Emílio – ou da Educação”, esta uma qualidade a precisar de investimentos.
É de 1762 o clássico publicado na França como um guia para educar filhos (emílios) e filhas (sofias), mas é espantoso como este livro parece jamais ter chegado à costa brasileira desde as caravelas, e mesmo agora pelas infovias.
No entanto, não se deve desvanecer, pois há esforçados pensadores da pedagogia contemporâneos, ao criarem conceitos como “inclusão eficaz”, abordagem capaz de levar em conta todos os fatores a fim de desafiá-los.
Tomando como meta alargar os horizontes de conhecimento, é possível propor soluções, tornando-se imperativo criar chances de gerar renda e emprego aos adultos, visando garantir alimento sem escravizar os pequenos.
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