OPINIÃO
Triste tradição
Bahia mantém triste posição de vice-campeã em mortes por choques elétricos no Brasil
Por Da Redação

Impossível escapar da tristeza, quando se sente honestamente o efeito da condição de vice-campeã brasileira em mortes por choques elétricos, mantendo-se a Bahia no podium macabro da eletroplessão.
Como agravante, a Bahia é o quarto estado em população e, mesmo assim, supera São Paulo, Minas e Rio, habitados por mais gente.
Embora não se saiba o quantum de subnotificação, pelos dados oficiais os baianos escaparam de manterem-se na liderança geral neste tipo de óbito.
Acrescido ao horror da alta pilha de vidas abreviadas, verifica-se a impossibilidade de representação, em qualquer linguagem, da descarga, no frágil corpo humano.
Os 79 óbitos de 2024 cavam fração considerável de hipotético cemitério estadual, mas para apurar responsabilidades, precisa-se instaurar inquérito e promover investigação pela briosa Civil.
São os trâmites para alcançar o Poder Judiciário, conforme a sed lex dura lex: direitos e deveres iguais para todos.
A amostragem de quantidade expressiva, seguindo na ponta da tabela, ano após ano, consolida-se entre as tristes “tradições” de uma terra de tradições positivas.
Os números apontam para a necessidade de educar ou orientar; vigiar; fiscalizar fiações públicas; e como última instância, punir: não se verifica o correr destas etapas, pois sequer há campanha publicitária eficiente.
A parte frágil (a das vítimas) é a de comunidades acostumadas a gambiarras, por mau costume ou devido ao impacto orçamentário do “anzol curto” (pindaíba, em tupi).
Como exigem os cânones do jornalismo benigno, reportagem publicada n’A TARDE tenta convergir interesses de grupos sociais e econômicos, estimulando soluções imediatas.
Ao conceder voz proporcional a todos os segmentos envolvidos, o Decano ouviu da concessionária Coelba a alegação de alertar a clientela por meio de palestras, entre outras ações.
O contexto pede instrução e hierarquia, solicitando a quem o erário paga para defender a sociedade, a virtude da coragem a fim de mobilizar os recursos de uma república séria.
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