CRIME
Adolescente tenta envenenar colega de escola com bala de chumbinho
Criança de 11 anos chegou a ser hospitalizada após ingerir substância e já recebeu alta médica

Por Luan Julião

Um estudante de 14 anos foi apreendido após tentar envenenar um colega de 11 anos com uma bala recheada de veneno para rato. O caso ocorreu na manhã de sexta-feira, 31, dentro de uma escola estadual localizada no bairro Vila Carrão, na zona leste de São Paulo.
O episódio, registrado durante uma comemoração de Halloween, foi classificado como ato infracional análogo à tentativa de homicídio, com agravante pelo uso de meio insidioso.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o adolescente entregou ao colega pequenas bolinhas pretas, apresentadas como “balas saborosas”. Ao ingerir uma delas, a criança sentiu um gosto amargo e começou a passar mal ainda na sala de aula.
O vice-diretor da unidade acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e o menino foi levado inicialmente à AMA Conquista III e, em seguida, transferido para o Hospital Cidade Tiradentes, onde passou por lavagem estomacal e ficou em observação. Após a recuperação, ele recebeu alta e retornou à escola nesta segunda-feira (3), sendo acolhido por colegas e pela equipe gestora.
Segundo o boletim de ocorrência, o infrator também teria oferecido o mesmo produto a outras crianças, que recusaram. O adolescente foi flagrado com um saquinho contendo as bolinhas de cor preta, identificadas como chumbinho, substância tóxica usada como veneno para roedores.
Leia Também:
Fontes ligadas à escola relataram que o jovem apresenta histórico de comportamento agressivo e dificuldades de rendimento. A mãe dele prestou depoimento e afirmou acreditar que o filho “não é uma pessoa ruim”.
A Polícia Civil, por meio do 49º Distrito Policial (São Mateus), investiga como o veneno foi obtido e se o produto chegou a circular dentro da escola de forma irregular. O material apreendido será periciado pelo Instituto Médico Legal (IML).
O adolescente foi encaminhado à Fundação Casa e será apresentado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). A Secretaria da Educação do Estado informou que a unidade “agiu prontamente ao perceber que o estudante não estava bem, prestando os primeiros socorros, acionando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e comunicando a família”.
O caso também é acompanhado pelo Programa Conviva SP, que oferece apoio psicológico e pedagógico às escolas estaduais.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



