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Diaba Loira: como sobrevivente de feminicídio virou símbolo de facções

Eweline rompeu com o Comando Vermelho, passou a integrar o Terceiro Comando Puro e hoje é caçada por ex-aliados e pela polícia

Por Luan Julião

22/07/2025 - 18:07 h
“Diaba Loira” é considerada de altíssima periculosidade pelas forças de segurança
“Diaba Loira” é considerada de altíssima periculosidade pelas forças de segurança

Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, natural de Santa Catarina, é considerada uma das figuras mais perigosas do crime organizado no Rio de Janeiro. Conhecida como "Diaba Loira", ela acumula mandados de prisão, desafia autoridades nas redes sociais e é apontada por envolvimento com as duas principais facções do estado: Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP).

O apelido ganhou notoriedade fora dos bastidores do tráfico após Eweline aparecer em vídeos armada com fuzis, fazendo apologia ao crime e disparando provocações a rivais e policiais. Em uma das gravações, ela afirma:

Não me entrego viva, só saio no caixão

Mas a trajetória de Eweline até o topo da criminalidade carioca teve início longe do Rio de Janeiro. Nascida na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, ela vivia uma rotina marcada por violência doméstica.

Em 2022, sobreviveu a uma tentativa de feminicídio cometida pelo ex-companheiro, após sete anos de agressões relatadas por ela própria nas redes sociais. O ataque quase lhe custou a vida: um grave ferimento no pulmão exigiu cirurgia e uma longa recuperação.

Foi após esse episódio que Eweline se mudou para o Rio e passou a integrar o Comando Vermelho, assumindo funções no tráfico da comunidade Gardênia Azul, na Zona Oeste da capital.

De acordo com fontes da Polícia carioca ligadas ao Portal A TARDE, foi nesse período que ela passou a ganhar visibilidade dentro da facção. Nas redes sociais, começou a ostentar armas de grosso calibre, desafiar forças de segurança e divulgar sua nova vida no crime.

Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos
Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Rompeu com o CV e agora está jurada de morte

A notoriedade de "Diaba Loira" cresceu ainda mais após ela romper com o Comando Vermelho e se aliar ao Terceiro Comando Puro (TCP), rival histórico da antiga facção.

A migração teria ocorrido após um racha interno e a aproximação com a Tropa do Coelhão, grupo liderado por William Yvens Silva, no Complexo da Serrinha, em Madureira, Zona Norte. A mudança a colocou na mira de antigos aliados, que juraram vingança.

Eweline rompeu com o Comando Vermelho para se aliar ao Terceiro Comando Puro (TCP)
Eweline rompeu com o Comando Vermelho para se aliar ao Terceiro Comando Puro (TCP) | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Essa tensão ficou evidente após um confronto armado ocorrido na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, no último dia 10 de julho. O tiroteio entre facções terminou com três integrantes do TCP mortos, aumentando ainda mais o cerco sobre Eweline. Desde então, seu paradeiro é desconhecido e circulam rumores de que ela poderia ter fugido para a Bahia, hipótese ainda não confirmada pela polícia.

Mandados em aberto e vida nas redes sociais

Apesar de estar foragida, a “Diaba Loira” continua ativa virtualmente. Ela apagou publicações ligadas ao Comando Vermelho e passou a usar seus perfis para reafirmar a lealdade ao novo grupo. Além disso, tem promovido cassinos online e feito ataques diretos a rivais, mantendo um padrão de exposição pública incomum para pessoas em fuga.

Apesar de estar foragida, a “Diaba Loira” continua ativa virtualmente
Apesar de estar foragida, a “Diaba Loira” continua ativa virtualmente | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Contra ela pesam ao menos três mandados de prisão, dois expedidos pela Justiça de Santa Catarina, por tráfico de drogas, organização criminosa e violação de medidas judiciais. Eweline também responde por rompimento de tornozeleira eletrônica e, em 2023, foi presa transportando sete quilos de cocaína.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro incluiu seu nome na lista dos criminosos mais procurados do estado, e o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre sua localização. As denúncias podem ser feitas anonimamente pelos telefones (021) 2253-1177 ou 0300-253-1177.

Apesar de ser alvo da polícia e de rivais armados, a traficante segue desafiando o sistema de forma escancarada. Em uma de suas últimas publicações, ela acusa o Comando Vermelho de ser responsável pela morte da própria mãe, o que intensifica o tom pessoal da disputa.

Considerada de altíssima periculosidade pelas forças de segurança, a “Diaba Loira” tornou-se símbolo de um novo perfil no crime: mais midiático, provocador e conectado às redes sociais — mesmo diante de ameaças, da perseguição implacável da polícia e da guerra entre facções que consome as ruas do Rio.

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Tags:

crime organizado CV Rio de Janeiro TCP violência

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