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EMBOSCADA

Queima de provas e inimigo do PCC: tudo sobre morte de ex-delegado

Ruy Ferraz foi morto a tiros na segunda-feira na cidade de Praia Grande

Bernardo Rego

Por Bernardo Rego

16/09/2025 - 8:15 h | Atualizada em 16/09/2025 - 13:30
Carro utilizado no assassinato do delegado em SP
Carro utilizado no assassinato do delegado em SP -

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz, morto a tiros após ser alvo de uma emboscada na cidade de Praia Grande, no litoral paulista, na segunda-feira, 15, era conhecido por atuar de forma firme contra a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime quando o Ruy Ferraz foi perseguido por um veículo SUV em alta velocidade. Durante a perseguição, o carro da vítima colidiu com um ônibus. Enquanto os três criminosos estavam fora do veículo, o motorista começou a fazer o retorno com algumas portas abertas. Logo depois, o trio fugiu.

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O ex-delegado, em janeiro de 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande. A ação que resultou na morte de Ferraz deixou um homem e uma mulher feridos, mas ambos foram socorridos e encaminhados para a UPA Quietude.

Força-tarefa para elucidar o crime

A SSP-SP informou que equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil foram mobilizadas para identificar e prender os responsáveis. Segundo o jornalista Caio Junqueira, da CNN, cem policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) foram mobilizados para atuar na elucidação do crime. A investigação deve contar com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Nas redes sociais, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, lamentou a morte e afirmou que uma força-tarefa foi integrada para identificar e prender os responsáveis.

O delegado-geral de São Paulo, Artur Dian, afirmou que os criminosos atiraram mais de 20 vezes durante o atentado contra Fontes. Segundo o Dian, na ação criminosa foram utilizados fuzis.

“Pela complexidade que a gente viu na ação criminosa propriamente dita, possivelmente ele tenha sido seguido outros dias também”, disse Dian, destacando o cuidado e o planejamento do ataque, que envolveu mais de 20 disparos contra o veículo do ex-delegado.

Queima de provas

O carro utilizado na ação criminosa que resultou na morte do delegado foi queimado como forma de dificultar as investigações. Porém, em entrevista à CNN, a desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivana David, o crime deve ser elucidado em poucos dias por conta dos recursos tecnológicos a que as forças de segurança dispõem.

A investigação já localizou um dos veículos utilizados no crime e a identificação de outro automóvel envolvido. A polícia trabalha agora com dispositivos eletrônicos para compreender se havia ameaças prévias contra a vítima.

Imagem ilustrativa da imagem Queima de provas e inimigo do PCC: tudo sobre morte de ex-delegado
| Foto: Reprodução

Enfrentamento ao PCC

Em meados dos anos 2000 ele foi responsável por indiciar um dos líderes da organização criminosa, o Marcola. Ele agiu para mapear a estrutura do PCC identificando sua hierarquia e modo de operação. Ele também conduziu investigações durante os ataques da organização criminosa em 2006 e no caso do assassinato do juiz Antonio José Machado Dias (Machadinho) em 2003.

Assalto em condomínio onde morava

Em 2023 Ferraz foi vítima de um assalto dentro do estacionamento do condomínio onde morava. À época dos fatos ele estava acompanhado da sua esposa e teve uma moto avaliada em R$ 60 mil, cartões, joias, documentos pessoais e dois aparelhos celulares levados pelos criminosos.

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Quem era Ruy Ferraz Fontes

Com mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, Fontes foi um dos nomes mais respeitados da corporação. Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, com pós-graduação em Direito Civil, passou por divisões como DHPP, Denarc e Deic.

Foi no Deic, no início dos anos 2000, que iniciou investigações sobre o PCC, sendo responsável por prisões de lideranças e pelo mapeamento da estrutura da facção.

Sua atuação foi decisiva durante os ataques de maio de 2006, quando o grupo criminoso promoveu uma série de atentados contra forças de segurança em São Paulo.

Entre 2019 e 2022, comandou a Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Nesse período, liderou a transferência de chefes do PCC de presídios paulistas para penitenciárias federais, medida considerada estratégica para enfraquecer o poder da facção dentro do sistema prisional.

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