COMBATE AO CRIME
Sete chefes do tráfico do CV são transferidos para presídios federais
Lideranças foram presas em ação no Rio de Janeiro

Por Leilane Teixeira

Sete líderes do Comando Vermelho começaram a ser transferidos do Complexo de Gericinó, em Bangu, para presídios federais nesta quarta-feira, 12. A transferência, autorizada pela Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, mobilizou um forte esquema de segurança coordenado pelo Grupamento de Intervenção Tática (GIT).
Os presos foram escoltados até o Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, por cerca de 40 agentes. No terminal, o grupo foi entregue à Polícia Federal, responsável pelo embarque em uma aeronave com destino ao presídio federal de Catanduvas, no Paraná.
De lá, eles seguirão para outras unidades de segurança máxima, localizadas em:
- Mossoró (RN);
- Brasília (DF);
- Campo Grande (MS);
- Porto Velho (RO).
As datas das novas transferências não foram divulgadas.
Custódia federal
Com a operação, o Rio de Janeiro passa a ser a unidade da federação com maior número de presos sob custódia federal: 66 no total, segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Apenas neste ano, 19 detentos de alta periculosidade foram incluídos no Sistema Penitenciário Federal.
A medida foi tomada após uma série de ataques registrados na Região Metropolitana do Rio, em resposta à megaoperação policial realizada nos Complexos do Alemão e da Penha. Segundo o governo fluminense, o objetivo da transferência é impedir que os líderes mantenham contato com os demais integrantes do Comando Vermelho e reorganizem ações criminosas a partir do sistema estadual.
O pedido partiu do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, que identificaram risco de novos atentados caso os chefes permanecessem nas unidades locais.
Detentos transferidos
- Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha) – liderança do tráfico no Complexo do Alemão;
- Arnaldo da Silva Dias (Naldinho) – atua em Resende e é responsável pela arrecadação da “caixinha” da facção;
- Alexander de Jesus Carlos (Choque ou Coroa) – traficante ligado ao Complexo do Alemão;
- Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor) – do Morro Santo Amaro, membro da comissão da facção;
- Fabrício de Melo de Jesus (Bicinho) – de Volta Redonda, também integrante da comissão;
- Carlos Vinícius Lírio da Silva (Cabeça) – ligado à comunidade do Sabão, em Niterói;
- Eliezer Miranda Joaquim (Criam) – apontado como um dos líderes na Baixada Fluminense.
Somadas, as penas dos sete criminosos ultrapassam 500 anos de prisão. Todos são apontados como integrantes da cúpula da facção, com atuação em diferentes regiões do estado.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



