SEGURANÇA ALIMENTAR
Bahia Sem Fome já retirou 1,3 milhão da insegurança alimentar
Coordenador-geral do programa, Tiago Pereira, apresenta balanço das ações

Por Ane Catarine

Para além da distribuição de cestas básicas, o governo Jerônimo Rodrigues (PT)executa, por meio do Programa Bahia Sem Fome, ações estruturantes voltadas ao combate à fome e à insegurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social nos 417 municípios baianos.
Em conversa com a imprensa na manhã desta terça-feira, 30, o coordenador-geral do programa,Tiago Pereira, detalhou iniciativas que contribuíram para reduzir em 1,3 milhão o número de pessoas em situação de insegurança alimentar nos últimos anos.
Segundo ele, o enfrentamento da fome envolve ações multifatoriais, que passam pela assistência social, educação, saúde e fomento à agricultura familiar, além da articulação com iniciativas da sociedade civil e do setor privado.
Em 2024, houve a redução de 1 milhão de pessoas no recorte da insegurança alimentar na Bahia. Agora, em 2025, mais 300 mil deixaram essa condição. No total, são 1,3 milhão de pessoas retiradas dos indicadores da fome. Esse resultado é fruto de ações integradas entre secretarias e órgãos públicos, com apoio da sociedade civil e da iniciativa privada, afirmou
Investimentos
Entre 2023 e 2025, o governo da Bahia investiu R$ 5 bilhões em ações de combate à fome e à pobreza. Somente neste ano, foram aplicados R$ 1,8 bilhão.
“Esses investimentos incluem alimentação escolar, cozinhas comunitárias, ampliação da distribuição de cestas básicas, acesso à água e fomento à agricultura familiar. Trata-se de um conjunto estratégico que fortalece o sistema de segurança alimentar”, reforçou Tiago.
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Desafios para o próximo ano
Apesar da redução registrada nos últimos anos, o Programa Bahia Sem Fome tem como desafio para 2026 localizar cerca de 760 mil pessoas que ainda vivem em situação de insegurança alimentar no estado.
De acordo com Tiago Pereira, a tarefa é complexa já que muitas famílias não têm identificação formal, o que dificulta o diagnóstico da realidade e a inclusão nas políticas públicas.
“A Bahia reduziu significativamente os indicadores, mas ainda existem 760 mil pessoas que precisam do apoio do Estado. No último ano de gestão, o governador Jerônimo Rodrigues solicitou a intensificação das ações para localizar essas famílias. Esse desafio será prioridade”, disse.

Outra meta é ampliar a adesão dos municípios ao Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), incluindo Salvador, que lidera o ranking nacional entre as capitais com maior percentual de lares em risco de insegurança alimentar.
Tiago explicou que, embora a capital ainda não integre formalmente o sistema estadual, há ações em andamento para mitigar os efeitos da fome no município.
Atualmente, funcionam 30 cozinhas comunitárias em bairros periféricos estratégicos, além de dois restaurantes populares, com a oferta diária de cerca de 7 mil refeições. Salvador também conta com um Conselho de Segurança Alimentar atuante, que orienta a gestão municipal. Atualmente, 189 municípios já aderiram ao sistema e há diálogo com as prefeituras para ampliar esse número, concluiu.
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