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70 ANOS DO PNAE

Alimentação escolar impacta na redução da fome na Bahia

Programa Nacional de Alimentação Escolar responde por 53% das pessoas que saíram da condição de insegurança alimentar no estado

Madson Souza

Por Madson Souza

14/10/2025 - 9:41 h
Distribuição de merenda no Colégio Estadual Rômulo Almeida
Distribuição de merenda no Colégio Estadual Rômulo Almeida -

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) completa 70 anos em 2025 e é parte importante da redução da fome na Bahia. O investimento estadual na área em 2025, de R$420 milhões - somado aos R$90 milhões federais - colaborou para a retirada de um milhão de baianos dessa condição e consequentemente para a retirada do país do mapa da fome neste ano.

Para muitos estudantes a escola ainda oferece a refeição mais completa do dia - ou a mais nutritiva -, considerada importante para o aprendizado e desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis. No cardápio tem Baião de dois, feijão tropeiro, cuscuz temperado, saladas, raízes e de vez em quando tem até um caruru para os alunos da rede pública de ensino básico.

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Conforme o Coordenador Geral do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, o ecossistema da alimentação escolar na Bahia é marcado pela preocupação em garantir refeições nutricionais, por meio do consumo de produtos comprados da agricultura familiar. Ele reforça a importância das refeições na escola para a diminuição da fome no estado.

“O sistema de ensino foi de suma importância para que a gente tirasse um milhão de baianos e baianas da situação de fome, e principalmente para que a gente conseguisse, junto com o Brasil, sair do mapa da fome. Ou seja, 53%das pessoas que passavam fome na Bahia já saíram dessa condição”, diz.

Ele destaca ainda que os estudantes em situação de vulnerabilidade extrema recebem também o aporte financeiro do Programa Bolsa Presença, cuja finalidade é a compra de alimentos.

Cardápio das escolas

Distribuição de merenda no Colégio Estadual Rômulo Almeida
Distribuição de merenda no Colégio Estadual Rômulo Almeida | Foto: Uendel Galter/Ag. A TARDE

A técnica de nutrição do Colégio Estadual Professor Rômulo Almeida, no Imbuí, Luciana Brito, 48, conta que segue o cardápio da Secretaria de Educação da Bahia (SEC), mas realiza adaptações para se adequar aos estudantes da instituição.

Presença constante de proteína no prato, variedade de raízes e a mudança do cuscuz tradicional para o temperado são algumas das prioridades de Luciana para que os pratos sejam mais buscados. A partir dessas mudanças eles também mudam seus hábitos alimentares. Se a batata-doce no cardápio, por exemplo, afastava alguns estudantes, então a aposta da técnica foi oferecer junto outras raízes para aproximar os alunos de uma alimentação mais saudável.

“Muitos não têm a alimentação correta em casa. Aqui, graças a Deus, eles têm tudo, uma alimentação bem balanceada, sempre com frutas e legumes. E hoje eles já aprenderam a gostar de se alimentar direito. Eles amam”, afirma Luciana.

O estudante Gustavo da Conceição, 15, do Colégio Estadual Pedro Paulo Marques e Marques, no bairro de São Cristóvão, faz refeições na escola todos os dias. “Me alimento melhor na escola do que em casa”, relata.

Diante de cenários como esse, a diretora da instituição, Liliane Fonseca, reforça a importância de uma boa alimentação para o desenvolvimento estudantil dos estudantes.

“Servir uma alimentação escolar balanceada auxilia na concentração e memória, influenciando diretamente no aprendizado e na permanência escolar dos estudantes”, pontua.

Na experiência de Gabriel Yago Souza, 16, do Colégio Rômulo Almeida, a alimentação conta diretamente na atenção que vai ser dedicada para aulas e atividades.

“É algo que nos deixa mais dispostos durante o dia, mais ativos. E isso ajuda a fazer atividades, amplia nosso raciocínio e ajuda também na educação física”, fala Gabriel.

Para captar a atenção dos estudantes, a técnica em nutrição Luciene Santos aposta na criatividade dos pratos, como é o exemplo do arroz Pedro Paulo - em referência ao nome da escola. É um prato de arroz colorido, que pode contar com linguiça toscana, frango, milho, uva passas, e tomate - tudo misturado.

Ela reforça como essa alimentação impacta nos hábitos dos alunos.

“Tinha uma aluna que quando chegou no colégio não comia salada e agora come. Esse é um retorno muito bom pra gente”, diz Luciene.

O segredo, segundo Helena Largo, 66, que é cozinheira mais antiga do Rômulo Almeida, com 20 anos de casa, ainda é “o amor” na produção dos pratos. Ela pode acompanhar de perto as mudanças no Pnae, que é visto como um programa de referência mundial e foi apresentado para outras nações durante a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, que aconteceu em setembro deste ano, em Fortaleza, Ceará.

Em todo o país, o programa coordenado pelo Ministério da Educação (MEC) garante refeições para quase 40 milhões de estudantes.

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70 ANOS DO PNAE Alimentação Escolar Bahia Bahia sem fome Programa Nacional de Alimentação Escolar

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