SONHANDO ALTO
Avante sonha com filiação de Rui Costa; PT rechaça possibilidade
Planos do Avante para 2026 incluem filiação de Rui e participação no teodolito que governa a Bahia
Por Eduardo Dias e Lula Bonfim
O Avante tem mirado em 2026 já de olho em 2024 com a filiação de prefeitos, ex-prefeitos e outras forças políticas pela Bahia. O partido já conta com 57 gestores municipais filiados e tem o plano de chegar a, no mínimo, 70 até 2024, conforme apuração do Portal A TARDE nesta semana.
Agora, em um plano muito mais ousado, a sigla mira como “objetivo principal” a filiação de um outro grande figurão da política baiana como seu grande trunfo, o ex-governador Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil do governo Lula (PT).
Fontes ligadas ao partido afirmaram ao Portal A TARDE nesta quinta-feira, 24, que, dentro da sigla, o interesse em Rui Costa é dado como real, tendo em vista uma eventual candidatura do ministro ao Senado Federal.
No entanto, há uma contrapartida para a sigla: ter o presidente estadual do Avante, Ronaldo Carletto, na chapa majoritária, seja como candidato ao Senado ou como candidato a vice-governador.
Consultada sobre o assunto, uma liderança importante do PT tratou a possibilidade da saída de Rui para o Avante como remota, sinalizando que há um longo caminho até 2026. “Futurologia errática”, definiu o líder petista.
Outro petista, interlocutor próximo ao secretário estadual Luiz Caetano (PT), das Relações Institucionais, também foi procurado pelo Portal A TARDE e considerou que as chances de uma saída de Rui Costa são pequenas, quase inexistentes.
O entorno de Rui Costa foi ainda mais taxativo acerca da possibilidade, definindo a ideia de levar o ministro para os quadros do Avante como “sem pé nem cabeça”.
Nas eleições de 2026, serão duas vagas para o Senado abertas pela Bahia, hoje ocupadas por Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD). Este último acumula uma antipatia velada do próprio, devido a um afastamento do parlamentar durante as eleições de 2022, podendo perder o direito de concorrer à reeleição pela chapa governista.
Com a saída do PP do teodolito de partidos que comandam a Bahia, a ascensão do Avante é vista como de interesse do Governo do Estado para as eleições futuras.
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