BAHIA
Bahia pode produzir hidrogênio verde para suprir importações
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida detalhou busca do governo por iniciativas sustentáveis
Por Eduardo Dias
A busca por investimentos internacionais para a Bahia foi intensificada pelo Governo do Estado na última semana com a viagem do governador Jerônimo Rodrigues à Bélgica, Alemanha e Holanda. Em visita ao Grupo A TARDE nesta quarta-feira, 22, o secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida, detalhou o desejo da gestão estadual pela atração de iniciativas sustentáveis.
Angelo destacou o potencial que a Bahia tem para a produção de hidrogênio verde (H2V), que é produzido por meio da eletrólise da água usando eletricidade renovável, como a gerada por fontes solares ou eólicas ocasionando a não emissão de dióxido de carbono ou outros poluentes atmosféricos, tornando-o uma fonte de energia livre de emissões.
“O governo de Jerônimo vem consolidando a sua política de governo, de trabalhar fortemente pela atração de investimentos, atração e apresentação para o mundo, dos pré-requisitos fundamentais que a Bahia tem para ser considerada, e que já é considerada, como a sede de uma matriz energética, que é a sede mundial do hidrogênio verde, da participação do hidrogênio verde. Em nenhum lugar no mundo hoje, em nenhum outro lugar, tem as condições para requisitos, eu diria, os suplementos naturais para produzir o hidrogênio verde ao custo mais barato do que na Bahia”, afirmou o secretário ao Portal A TARDE.
“Nós temos energia limpa, abundante, segura e barata. Nós temos, a partir dos nossos parques eólicos, nossos ventos eólicos, nossos ventos que são únicos…Nós temos um fator de capacidade também de radiação solar diferenciado em relação a outros lugares e a possibilidade de construção de parques hídricos. Parques hídricos esses que entram numa rede que pode vir direcionado aqui para o polo petroquímico de Camaçari”, pontuou o secretário.
O titular da SDE reforçou a importância do polo petroquímico de Camaçari como o maior complexo petroquímico da América Latina capaz de encabeçar essa produção de hidrogênio verde (H2V).
“Só nós temos o maior complexo petroquímico da América Latina, o hidrogênio verde é química, já é uma operação química. E além de tudo isso, a gente tem ainda uma infraestrutura de amoniodutos, que serão utilizados para fazer o transporte da amônia verde produzida em Camaçari para os portos, para os navios, para transporte para o mundo inteiro”, disse.
Segundo ngelo, a Bahia conta com um ecossistema capaz de avançar cada vez mais com essa política da produção do hidrogênio verde e dos seus derivados. O secretário destaca ainda os benefícios dessa produção para o agronegócio.
“Nós temos todo um ecossistema, eu diria assim, ajustado para avançarmos com essa política da produção do hidrogênio verde e dos seus derivados. Lembrando que a partir do hidrogênio verde nós temos também a postura de produzir amônia e a ureia verde. A ureia verde pode dar um equilíbrio ao nosso agronegócio a partir da produção do fertilizante verde, que hoje passamos com uma instabilidade muito grande, ficamos a depender do preço do gás, do que está acontecendo no outro lado do Atlântico, uma pequena guerra, uma grande guerra, que faz com que o custo do fertilizante sofra uma oscilação muito grande, dificultando o planejamento do agronegócio”.
“Se a gente produz a partir do hidrogênio verde do suplemento que nós temos, que são naturais, e dali o hidrogênio verde vira ureia e amônia verde, ou seja, fertilizante verde, a gente vai depender de ninguém, só de nós mesmos. Então, estamos hoje importando 85% de todo fertilizante utilizado no Brasil, só produzimos 15% num custo altíssimo. Então, tudo isso poderá ser, com certeza, no longo prazo, fazendo da Bahia um estado rico e capaz de se tornar uma grande potência energética”, finalizou.
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